O ex-presidente Jimmy Carter, com 93 anos hoje, declarou em entrevista recente ao portal Huffington Post que Jesus não aprovaria o aborto, porém não apresentaria resistência a união entre pessoas do mesmo sexo.
Consolidado com uma carreira política no Partido Democrata, Carter disse que, em sua opinião, “Jesus incentivaria qualquer caso de amor se fosse honesto e sincero e não prejudicasse ninguém”, e complementou: “Não vejo que o casamento gay cause danos a ninguém”.
A entrevista foi concedida para divulgar o seu novo livro, A Full Life: Reflections at Ninety (“Uma vida completa: reflexões aos noventa”, em tradução livre).
Embora tenha dito que Jesus rejeitaria a ideia da interrupção de gravidez, Carter alegou que, caso estivesse na vida política de novo, lutaria pela “pró-escolha”.
“Eu tenho dificuldade em acreditar que Jesus aprovaria o aborto, a menos que fosse por estupro ou incesto ou se a vida da mãe estivesse em perigo. Meu juramento era obedecer à Constituição e às leis deste país como interpretadas como a Suprema Corte, então eu concordei com isso”, acrescentou, ao relacionar a decisão do colegiado em 1973, no caso Roe vs. Wade, liberando a prática do aborto no país.