O deputado federal e declarado candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, concedeu uma entrevista falando dos desafios que há de ser enfrentados para exercer o cargo de presidente. O político pretende deixar o PSC e encontrar um partido que abrace sua ideia de ser o chefe do Executivo nacional.
Questionado pela possível dificuldade de se candidatar por um partido pequeno, Jair não mostrou preocupação. “As mídias sociais terão um papel muito forte nessas eleições. E se eu fizer uma campanha com meu dinheiro, sei que não vai ter margem empresarial”, disse.
Em seguida, afirmou que encara a empreitada como um mando divino. “Não estou fazendo isso por obsessão, eu entendo que o que acontece comigo é uma missão de Deus e ponto final. Se for a vontade de Deus, se for a missão dele, estarei pronto para cumpri-la”.
Jair também disse que não se preocupa com as mudanças de cenário caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não possa concorrer. “Vejo que a campanha de alguns candidatos é bater no Lula, mas resolveram bater no Lula depois que ele caiu em desgraça”, opinou.
O político também falou acerca de suas impressões sobre a maior visibilidade da direita no país. “Até o ano passado, era só palavrão. Eu sempre falei que era de direita. E o que era direita? Era fazer o contrário do que o PT vinha fazendo”.
“Agora, como isso passou a ser bonito, muitas pessoas de partidos e de setores da imprensa botaram o PSC na direita e me colocaram na extrema direita. Chegaram a esse absurdo”, defendeu-se.
Por fim, confessou que pode ter outros planos para 2019, caso não for eleito. “No meu entender, se tivermos em 2019 um governo que seja do PT, do PSDB ou do PMDB, acho que vai ser difícil eu permanecer no Brasil, porque a questão ideológica é tão ou mais grave do que a corrupção”.