Nele, que foi divulgado de maneira oficial nas redes sociais da Secretaria Especial de Cultura, o governista faz um discurso semelhante ao do ministro da Alemanha nazista Joseph Goebbels.
CRÍTICAS
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pediu o afastamento do secretário. O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, afirmou que fala é “inadmissível”.
– É inadmissível termos representantes com esse tipo de pensamento.E,pior ainda:que se valha do cargo que ocupa para explicitar simpatia pela ideologia nazista e,absurdo dos absurdos, repita ideias do ministro da Informação de Adolf Hitler, que infligiu o maior flagelo à humanidade – continuou Alcolumbre, pelo Twitter.
Outras personalidades políticas, o filósofo Olavo de Carvalho e grupos judaicos também criticaram. A Confederação Israelita do Brasil, por exemplo, também pediu a saída do secretário.
DEFESA
Frente às acusações, Alvim se manifestou pelo Facebook, afirmando que tudo foi apenas uma “coincidência”.- O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota: com uma coincidência retórica em UMA frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o PRÊMIO NACIONAL DAS ARTES, que vai redefinir a Cultura brasileira… É típico dessa corja. Repito: foi apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica. Eu não citei ninguém e o trecho fala de uma arte heroica e profundamente vinculada às aspirações do povo brasileiro. Não há nada de errado com a frase – declarou.
SEMELHANÇAS
As semelhanças foram apontadas em sua vestimenta, cabelo, postura, discurso e na escolha de uma trilha sonora assinada por Richard Wagner, compositor próximo a Hitler.
DISCURSOS COMPARADOS
“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada.” (Goebbels)
“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada.” (Alvim)