Inseguranças sanitária e econômica ainda afetam a procura por cursos de graduação, no Amazonas. A expectativa, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas (Sinepe-AM), é que com o avanço da vacinação contra a Covid-19 o ingresso em cursos de nível superior cresça a partir de janeiro de 2022.
A presidente do Sinepe, Elaine Saldanha, explica que o público interessado em ingressar em cursos de graduação, ou em retomar os estudos, ainda demonstra insegurança por receio da contaminação pelo novo coronavírus e ainda, por dificuldades financeiras, também geradas pela pandemia.
“O aluno precisa trabalhar para ter renda e poder fazer o investimento no curso de graduação. Muitos foram afetados pela pandemia e a questão financeira faz diferença para a ascensão ao ensino superior. Outra questão é a insegurança pela imunização ainda estar em andamento”, analisou.
Segundo Elaine, a previsão de maior demanda para o ingresso à faculdade vale tanto para a modalidade presencial quanto para o Ensino a Distância (EAD).
“O EAD segue em crescimento significativo, em relação ao presencial, desde antes da pandemia. Com o avanço da imunização a procura pelas duas modalidades de ensino deverá crescer”.
Menor busca por qualificação pode afetar mercado de trabalho
De acordo com Elaine, a retração na demanda por cursos de graduação, somada à evasão e desistência registradas durante a pandemia devem refletir em menor oferta de mão-de-obra qualificada em médio prazo.
“A educação foi afetada expressivamente. Houve retração na formação de profissionais. Mas, a economia, ao retomar, gerará emprego, demandando mão-de-obra qualificada. O volume de profissionais formados será insuficiente para atender à demanda”.
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Texto: Priscila Caldas