Orações virtuais, mesquitas fechadas e jejum quebrado sem parentes ou amigos presentes. Os muçulmanos que vivem no Brasil estão fazendo ajustes para conseguirem celebrar o início do Ramadã – mês sagrado durante o qual os praticantes do islamismo fazem jejuns diários do nascer ao pôr do sol – em meio ao isolamento social. A medida é uma tentativa de controlar a disseminação do novo coronavírus.
Os imãs (líderes religiosos) estão utilizando a tecnologia e as redes sociais para celebrar o período mais sagrado do calendário muçulmano.
Em mesquitas localizadas nas cidades de Foz do Iguaçu, no Paraná, e em São Paulo, os sermões online são uma forma de os muçulmanos tentarem manter a fé durante o período de isolamento.
Esses locais costumam receber muitas pessoas durante o Ramadã, mas neste ano os fiéis estão utilizando as redes sociais para ouvir as orações dos imãs.
“Estamos fazendo lives, usando estas ferramentas para levar espiritualidade aos lares das pessoas, para viverem no espírito do mês do Ramadã”, disse o imã Mohamed al-Bukai, membro de uma mesquita em São Paulo.
“Infelizmente por causa da pandemia, não podemos colocar vidas em risco”, afirmou o imã Oussama el-Zahed, membro de uma mesquita em Foz do Iguaçu. “As atividades que faríamos coletivamente continuam suspensas.”
(Com Reuters)