“Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Essas são as palavras de fé ditas por Aurita da Silva Esmael, que venceu a Covid-19 aos 94 anos, mesmo após complicações provocadas por uma pneumonia.
“Eu agradeço ao Senhor, o nosso Deus. Ele tem me abençoado, tem me guardado, tem me protegido debaixo de sua santa e gloriosa mão”, disse a idosa.
Aurita foi levada a um hospital na zona leste de São Paulo no dia 8 de agosto, sentindo falta de ar. Os médicos suspeitavam que ela havia sido infectada pelo coronavírus e decidiram interná-la. Três dias depois, a suspeita foi confirmada: a idosa estava com Covid-19.
O filho de dona Aurita, o pastor Domingos da Costa Esmael, disse que a mãe foi desenganada pelos médicos. Os profissionais decidiram não intubá-la e disseram não haver garantias de sobrevivência, por causa de sua idade avançada.
“Esta era a palavra do médico, mas nós recorremos ao Médico dos médicos, ao Senhor dos senhores”, destacou Domingos.
“Os médicos eles diziam que não tinham muito o que fazer, que ela poderia progredir para o óbito. E eu dizia: mas ela também pode sair daí com vida. Eles diziam que é muito difícil na idade dela. E eu dizia: é difícil para o homem, mas tudo é possível àquele que crê. Os médicos ouviam essas palavras, mas não acreditavam. Eu não lhes tiro a razão pela idade avançada da minha mãe”, Domingos acrescenta.
Depois de 15 dias de tratamento, Aurita testou negativo para a Covid-19. No entanto, ela continuou em observação por mais três dias. Pouco antes de receber alta, ela sofreu uma hemorragia e teve um sangramento no nariz, sendo socorrida pela mesma equipe que fez o tratamento contra o coronavírus.
“Hoje eu entendo que nosso Deus é tão maravilhoso que não permitiu que ela recebesse alta e tivesse o sangramento no nariz em casa, porque ficaríamos desesperados”, conta o filho.
O motivo da hemorragia era, na realidade, uma pneumonia severa, que também afetou os rins de Aurita. Com mais 7 dias de internação, os médicos sugeriram que a idosa fosse encaminhada para a área de tratamento paliativo, ou seja, quando o tratamento curativo não está mais atuando.
“Eles diziam que ela estaria bem ali e poderia ter uma morte tranquila. E eu dizia: não, ao meu Senhor cabe a última palavra”, conta Domingos, que junto com sua esposa também foi infectado pelo coronavírus.
Poder da oração
Enquanto isso, uma verdadeira corrente de oração se formou pela vida de Aurita. Grande parte do clamor veio do Quarto de Guerra, um grupo de oração formado por intercessores, pastores e missionários.
“Nós clamamos por tudo e por todos, inclusive por pessoas que não conhecemos, sejam do Brasil ou não. Nosso chamado em Cristo é clamar até que Deus faça milagres”, disse ao Guiame a pastora Ana Angélica dos Santos, líder do Quarto de Guerra.
O Quarto de Guerra, que existe há 5 anos, tem um relógio de oração de 24 horas. A intercessão também tem sido feita através das redes sociais, pela página “Quarto de Guerra Pra Ana”, às segundas, quartas e sextas, às 15h.
Segundo a pastora Ana, o testemunho de dona Aurita não é o único. “No meio desta pandemia, Deus tem realizado coisas grandes, que no natural não aconteceriam. Mas através dos nossos jejuns e orações, Deus tem curado pessoas da Covid-19 e de outras enfermidades, Deus tem restaurado famílias, Deus tem se mostrado presente em nosso meio”, disse.
A resposta das orações logo chegou na vida de dona Aurita: ela venceu a Covid-19 e um diagnóstico de pneumonia. “Nós temos um Deus vivo, um Deus que ouve e atende as nossas orações”, celebra Domingos.
Para Aurita, a fonte de sua cura é apenas uma: “Deus é a minha razão”.
