Chegando ao último dia de Carnaval, os principais hospitais de Manaus registram baixo número de atendimentos. Dois exemplos disso, o Complexo Hospitalar Pronto Socorro João Lúcio, localizado na Avenida Cosme Ferreira, zona leste, e o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, na Avenida Mário Ipiranga, zona centro-sul, tiveram uma expressiva diminuição em comparação com o mesmo período do ano passado.
O Hospital João Lúcio, que recebe os pacientes em estado mais grave, apresentou uma diminuição de mais de 40%. “Houve uma diminuição substancial em todos os tipos de atendimentos, seja os decorrentes de acidente de trânsito, agressão física, lesão por arma branca e arma de fogo. Os leitos do politrauma estão praticamente vazios no momento, porque os pacientes já foram atendidos e não houve acúmulo. É um Carnaval bem tranquilo no ponto de vista do atendimento na área de emergência e urgência. Apesar de termos a equipe toda de prontidão, para nós, isso é muito bom. Este ano, a população curtiu o seu Carnaval de uma forma mais tranquila”, comenta o médico Edson Ramos, diretor do João Lúcio.
Segundo Ramos, um grande diferencial deste Carnaval foi a transferência de pacientes estáveis para outras unidades de saúde. “Este ano, houve o trabalho fundamental da Susam, para garantir leitos de retaguarda. A estrutura foi toda organizada para recepcionar quem precisasse de atendimento”, explica.
Já no Pronto Socorro 28 de Agosto, caiu pela metade o número de atendimentos. “Diminuímos em 50% a entrada de pacientes. Este ano, nós devemos chegar em três mil atendimentos, ano passado foram seis mil. O número de acidentes também diminuiu aproximadamente em 60%. Isso se deve, muito provavelmente, pelas ações da Secretaria de Segurança, do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), com a Lei Seca, e da própria conscientização da população. Estamos felizes pela diminuição”, ressalta Paulo Mendonça, diretor do 28 de Agosto.
Operação Carnaval – Segundo o coordenador operacional do Centro Integrado de Comando e Controle do Amazonas (CICC), Major Fábio Honda, a Operação Carnaval 2017 contou com diversos órgãos, como Polícia Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Susam, Samu, Juizado da Infância e Juventude. Com o diferencial do trabalho da Central Integrada de Fiscalização, que atuou em todos os dias de bandas e blocos carnavalescos, fiscalizando normas de segurança e regularização frente aos órgãos competentes. “Outro ponto importante foi a fiscalização quanto ao cumprimento do horário limite para o término das bandas, a meia noite. Todas essas ações proporcionaram maior segurança ao folião. É muito delicado falar que isso tudo é exclusivamente fruto da operação de segurança, mas que contribuiu sobremaneira, contribuiu”, afirma.