BRASIL| No último sábado (4) uma rajada de 10 tiros em apenas um segundo, que partiu do helicóptero onde estava o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), acompanhando snipers atingiu um um ponto de apoio para peregrinação de evangélicos, que foi confundido com uma casamata do tráfico.
Por sorte, segundo a reportagem, não havia ninguém no local, algo incomum numa manhã de sábado, quando ocorreu a operação na trilha do Monte do Campo Belo, em Angra dos Reis, no último dia 4.
“Foi um livramento. Nos fins de semana, sempre tem alguém ali, ajoelhado junto à lona, rezando. Faz parte da nossa peregrinação. O prefeito sabe disso”, reclamou o diácono da Assembleia de Deus Shirton Leone, citando Fernando Jordão (MDB), que também estava no helicóptero.
“Aos sábados, cerca de 30 pessoas sobem o morro para orar. Algumas passam a noite acampadas ali. Poderia ter sido uma tragédia”, lamentou.
Witzel se hospedou em um hotel cinco estrelas em Angra dos Reis no final de semana para comandar a operação cinematográfica na periferia da cidade. Com pretexto de “acabar com a criminalidade”, o governador acompanhou os disparos feitos pelos snipers nas comunidades de dentro do helicóptero.
Nesta terça-feira (7), Talíria Petrone (PSOL-RJ), deputada federal, e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) denunciaram a “agenda genocida” do governador Wilson Witzel (PSC) à Organização das Nações Unidas (ONU).