A argentina Amelia Bannan, 34, deu à luz um bebê saudável, justamente no dia de Natal. O menino recebeu o nome de Santino.
A policial Bannan estava com quase seis meses de gravidez quando sofreu um acidente de carro junto com seus colegas de trabalho. Os policias saíram quase sem ferimentos, mas Bannan ficou com um fratura no crânio, o que resultou em um coágulo de sangue em seu cérebro.
Bannan ficou em coma e deu a luz à luz a Santino. Sua irmã, Norma, “cuidou de Santino, e todos os dias às 18 horas, ela levava o bebê para Amélia”, disse seu irmão César. Sua família também a visitava todos os dias, conversando com ela e dando-lhe tempo com seu filhinho.
Durante a primeira parte de 2017, Bannan chegou a fazer sinais de acordar e três meses depois ela saiu lentamente do coma: “Naquele dia ouvimos no silêncio, enquanto estávamos dando uma garrafa a Santino, ouvimos uma voz baixa. Ouvimos: ‘sim’, ‘sim'”, lembrou Cesar.
“Para entender se ela estava me ouvindo, eu disse a ela: ‘Amélia, se você me entende, estenda sua língua’. E ela estendeu a língua”. Ele acrescentou: “Foi uma revolução total, Norma estava bem perto de Amélia, abraçou-a e chorou lágrimas de alegria. Sua vida revolucionou nossos corações”, ressaltou.
Quando Amelia recuperou a consciência, sua irmã trouxe Santino para ela. No início, ela pensou que o bebê era seu sobrinho e ficou chocada quando sua família lhe contou a feliz notícia.
A jovem mãe começou a lembrar do que aconteceu com ela. A princípio, falando de maneira confusa, ela finalmente começou a entender, segundo seu irmão. “Os médicos disseram que Amelia desafiou toda lógica científica, que seu caso é realmente um milagre”, disse César, que também é policial.
O neurocirurgião Marcelo Ferreira, que está tratando dela, disse que Amelia continua a surpreendê-lo e expressou a esperança de que ela será capaz de assistir seu filho crescer até a idade adulta.
“Amélia é jovem, e apesar da lesão cerebral traumática que ela sofreu, ela está nos surpreendendo”, disse ele. “Ela ainda tem muito para dar, e precisa de tempo, e todo mundo precisa ser paciente”. Ele acrescentou: “Esperamos que em algum momento, vamos ser capazes de vê-la andando segurando a mão do seu filho”, finalizou.