O governador interino do Amazonas, David Almeida, apresentou nesta terça-feira (16) um plano emergencial de ajuda humanitária aos venezuelanos que estão em Manaus fugindo da crise econômica no país vizinho. Um prédio será desocupado no Coroado para abrigar os indígenas que hoje vivem nas ruas.
Ao chegar no local ocupado pelo venezuelanos – a área sob o Complexo Viário de Flores, próximo à Rodoviária -, o governador conversou com representantes dos indígenas. “Vou tirá-los daqui. Estamos oferecendo um prédio no antigo Jovem Cidadão, no bairro Coroado. Essas pessoas serão transferidas para lá. O prazo é de dois dias”, disse.
Segundo David Almeida, o Governo do Amazonas estuda encaminhar uma verba de R$ 205 mil para os venezuelanos. “Queremos conter a entrada deles com apoio da Polícia Federal. Estamos vendo a possibilidade junto com o conselho municipal de assistência social a liberação de 205 mil para o custeio para alimentação e outras atividades. É um repasse constitucional”, destacou.
O Governador também pediu que a população continue ajudando os venezuelanos indígenas. “Eles mesmo me falaram que estão sendo acolhidos pela população brasileira”, afirmou.
A titular da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Graca Prola, informou que 382 venezuelanos da etnia Warao estão em Manaus, segundo dados contabilizados nesta terça-feira.
“O Governo vem trabalhando a questão dos índios, que tem uma situação migratória diferenciada, pois eles vão e voltam para a Venezuela. 46 deles fazem essa rotina constante e já voltaram mais de duas vezes para o seu país”, explicou.
Segundo a secretaria, os índios venezuelanos ainda continuam vivendo preferencialmente na rodoviária e Centro de Manaus. “Estamos com um plantão de atendimento, fazendo o controle de quem chega e sai. Tivemos três óbitos durante essa fase. Um era adulto e dois eram crianças”, completou.
Graça também disse que o prédio que os índios serão encaminhados precisará de reforma. “Queremos oferecer algo digno. Vamos trabalhar com quem quer ficar ou aqueles que querem ir embora”, explicou.
Fonte: A Critíca