Reserva na fase final da Liga dos Campeões com o Manchester City, Gabriel Jesus ficou no banco contra o Equador. Mas bastaram os 45 minutos depois do intervalo para não sair mais do time de Tite, mesmo com testes e observações do treinador durante a Copa América. Ele foi titular nas três últimas partidas e deu duas assistências – contra o Peru para Alex Sandro. Para Neymar, contra o Paraguai.
Camisa 9 desde as Eliminatórias da Copa de 2018, Jesus deu um passo para o lado e tem funcionado bem assim. A posição não é novidade para o atacante na Seleção – no Manchester City, o técnico Guardiola também pede função semelhante. Com Roberto Firmino de referência no ataque na Copa América de 2019, Jesus caiu para a direita e fez boas apresentações naquela conquista – apesar do cartão vermelho na final.
Na comparação com os demais atacantes da Seleção, ele só perde para Neymar em média de gols e de assistências, além de participação por gols.
Jesus, como ponta direita, une velocidade, força e habilidade. Foi dessa maneira que fez a jogada do “gato” naquela partida e 2019. Lance muito semelhante ao que voltou a fazer contra o Paraguai – na última rodada das Eliminatórias.
Num lance o passe longo foi de Daniel Alves, no outro de Danilo. A jogada foi explicada minuciosamente por Tite no Youtube do “The Coach Voices”, projeto que conta experiências e divide ensinamentos de treinadores de todo o mundo.
– No momento que chega a bola no Daniel Alves, ele domina e o Gabriel Jesus, ao mesmo tempo, faz a vinda. No que ele faz a vinda, o lateral faz também o mesmo movimento. Só que ele gira e puxa fundo e a bola do Daniel é bem funda. Não dando a oportunidade do zagueiro fazer a cobertura e da retomada do próprio lateral. No que ele limpa, ele tem a velocidade e aí entra a qualidade, a técnica individual. Ele trouxe para o meio, ameaça com a esquerda e dá um drible de salão – comenta Tite.
Fonte: GE