Fundação Vigilância lança programação de combate à tuberculose

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Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março), a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) lança, nesta sexta-feira (06/03), na avenida Eduardo Ribeiro, Centro de Manaus, uma programação de ações de alerta e luta contra a doença. A campanha “É hora de vencer a tuberculose no Amazonas” é coordenada pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose (Pect/FVS).

A campanha busca aumentar a conscientização sobre os efeitos da tuberculose e como a doença pode ser interrompida se tratada em tempo oportuno e adequadamente.

De 9 a 13 de março, será realizada Exposição de Tuberculose (EXPOTB) e atualização em diagnóstico e tratamento da tuberculose no município de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus). Em 20 de março, será realizada uma assembleia do Comitê Estadual de Tuberculose na Policlínica Cardoso Fontes, no Centro de Manaus.

Para a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, tuberculose é um sério problema de saúde pública nacional, e no Amazonas é uma preocupação também. “A melhor forma de combater a tuberculose é com informação e diagnóstico precoce, por isso o Programa Estadual de Combate à Tuberculose intensifica em março as ações com intensa atividade de capacitação técnica no interior do Amazonas”, comentou a diretora.

A programação inclui também uma missa em memória das vítimas de tuberculose, no dia 23 de março, às 18h, na Paróquia São Sebastião, no Centro da capital. No dia 24, serão realizadas palestras durante todo o dia no Centro de Convivência Estadual do Idoso de Aparecida, na zona sul de Manaus. Em 26 de março, vai ocorrer o I Encontro sobre Tuberculose nas escolas estaduais. No dia 27 de março, será realizada uma videoconferência para todos os municípios do Amazonas sobre a campanha.

Ainda na última semana do mês, dos dias 23 a 27, será intensificada a socialização de informações sobre a doença nos meios de comunicação, salas de espera, escolas, busca ativa de casos na comunidade e serviços de saúde, além da realização de exames em todos os municípios do Amazonas.

As atividades serão desenvolvidas com a participação de diversos parceiros na luta contra a Tuberculose no Amazonas, como o Comitê Estadual de Tuberculose, Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (Susam), Secretaria Municipal de Saúde (Semsa/Manaus), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (Susam), Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento e Defesa dos Direitos da Pessoa com DST/HIV/Aids e Tuberculose (Frendhat), Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), secretarias municipais de saúde, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Fundação Alfredo da Matta (Fuam), Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre outros.

Números – Nos dois primeiros meses deste ano, foram identificados 336 casos novos de tuberculose no Amazonas. A doença é manifestada onde há maior concentração de pessoas, como é o caso da capital do estado, onde está a maior parte dos pacientes (234), conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan/DVE/FVS).

O levantamento do Sinan/DVE/FVS aponta também para o aumento de 4,6% nos casos da enfermidade, sendo registrados 3.154 em 2018 e 3.302 em 2019, no Amazonas.

De acordo com a coordenadora do PECT/FVS, Marlucia Garrido, o diagnóstico de tuberculose foi aprimorado com a implantação do teste rápido molecular ultra em 2019. Outra medida que influencia na detecção de pacientes é a inclusão de investigação de tuberculose nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). “Tudo isso tem contribuído para o aumento na detecção de casos e, consequentemente, aumento do número de casos da doença”, afirmou.

Impacto – A tuberculose é causada por bactérias do complexo Mycobacterium tuberculosis. Dentre as doenças infecciosas, a tuberculose é uma das dez principais causas de morte no mundo, a principal causa de morte entre as pessoas com HIV e uma das principais causas de morte relacionadas à resistência antimicrobiana.

O Brasil é um dos 30 países com maior carga de tuberculose no mundo, e o Amazonas apresenta a maior taxa de incidência da doença no país, com 72,9 casos por 100 mil habitantes em 2018. Todos os municípios do Amazonas têm casos registrados da doença.

Tratamento – Segundo Marlucia Garrido, é importante que as pessoas compreendam que o tratamento da tuberculose e combate à doença no Amazonas dependem da colaboração de todos. “É muito mais difícil vencer a tuberculose se a pessoa não tomar a medicação corretamente, se a família não colaborar e não der apoio, se a sociedade discriminar os pacientes e se não houver apoio dos profissionais e gestores de saúde”, acrescentou a coordenadora do PECT/FVS.O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório, que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigada para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como febre baixa no fim da tarde, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga. A tuberculose também pode se manifestar em outros órgãos (tuberculose extrapulmonar).

O tratamento da tuberculose dura, no mínimo, seis meses, é gratuito e disponibilizado no Sistema Único de Saúde (SUS). Todas as pessoas que seguem o tratamento corretamente ficam curadas da doença.

*assessoria

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