Na última quinta-feira (28/10), após decisão do Supremo Tribunal, que proíbe o aborto de bebês com malformações, feministas decidiram invadir igrejas na Polônia em protesto contra a decisão. A Justiça destacou que as crianças deformadas no útero têm direitos à dignidade garantida pelo Estado, assim como a proteção.
Radicais de esquerda então decidiram iniciar uma série de protestos em mais de uma centena de cidades polonesas, bloqueando ruas e cruzamentos na capital, Varsóvia, além de gritar palavras ofensivas contra o partido que ocupa o poder.
Segundo o ministro do Interior da Polônia, Mariusz Kamiński: “algumas das manifestações são acompanhadas por ações ultrajantes contra locais de culto religioso, como entrar em igrejas durante as missas, profanar símbolos religiosos, destruir fachadas de igrejas ou insultar o clero e os participantes da Santa Missa”.
Durante o final de semana, a polícia registrou 22 interrupções nos serviços religiosos e 79 danos às paredes da igreja, incluindo vandalismos e ataques ofensivos. A residência do arcebispo da Igreja Católica em Pozman, Stanisław Gądecki, virou alvo de manifestações de mulheres com faixas de protestos.
Em Katowice, mulheres que fazem aborto protestaram em frente à catedral local. Também houve manifestações em Przeworsk, onde os manifestantes espalharam as palavras “Cuide do corpo de Cristo – fique longe das mulheres” na fachada de um lugar de culto.