Facebook bloqueia página cristã por ter protestado contra a militância LGBT

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Facebook bloqueou uma página do Facebook associada ao ministério cristão pré-denominacional “Warriors for Christ” (“Guerreiros de Cristo”), uma organização que se opõe à militância LGBT e ao aborto, alegando que suas postagens violavam os padrões da rede social sobre bullying e discurso de ódio.

O ministério ‘Warriors for Christ’, que tem sua sede principal no estado da Virgínia agora não já não tem mais acesso à sua principal página do Facebook que tinha mais de 225.000 seguidores.

A principal página dos ‘Guerreiros de Cristo’ no Facebook, que foi usada em alguns momentos para publicar posts em protesto contra fatores sociais, como a militância LGBT e o aborto, passou a ser punida pela gigante das redes sociais após a publicação de um vídeo da organização liderada pelo Pastor Rich Penkoski. O material foi inicialmente removido pelo Facebook em 29 de dezembro, com o posterior bloqueio da página.

Embora a página do Facebook tenha sido reativada no dia 2 de janeiro, depois que uma petição on-line foi lançada, pedindo que o Facebook voltasse atrás em sua decisão, os administradores da rede social novamente tiraram a página do ar na última sexta-feira (5).

Penkoski disse em uma entrevista ao ‘Christian Post’ na última segunda-feira (8), que as crenças cristãs de sua organização estão sendo censuradas pelo Facebook, porque uma série de ativistas LGBT que seguem a ‘Warriors for Christ’ nas mídias sociais apresentaram queixas.

“Nós não podemos nem usar o termo ‘LGBT’ em qualquer contexto, ou então o post é imediatamente denunciado e banido. Se escrevermos essas quatro letras na nossa página, ela é bloqueada”, disse Penkoski.

Como houve vários vídeos e posts da organização que foram removidos pelo Facebook, Penkoski disse que outras publicações que foram removidas incluindo aquelas que exibiam a oposição da organização ao aborto.

O pastor também explicou que apesar de algumas publicações abordarem a militância LGBT ou aborto, este não era o foco principal de sua página, mas sim o apoio à preservação das famílias e aconselhamentos a casais em crise.

“Nós contamos nossas postagens na página. De 3.000 postagens, menos de 3 por cento citaram termos, como LGBT”, explicou Penkoski, acrescentando que a maioria do trabalho de aconselhamento que seu ministério faz é ajudar a reconciliar casamentos impactados pelo adultério.

“No entanto, a homossexualidade é o foco que todos continuam usando para nos atacar. Falamos sobre o aborto. Falamos sobre adultério. Falamos sobre a fornicação. Ninguém se lembra dessas coisas”, acrescentou. “Quando o Facebook bloqueou nossa página [pela primeira vez], estávamos no meio de um aconselhamento com uma jovem que pensava em se suicidar”.

Enquanto Penkoski disse que não recebeu uma explicação na primeira vez que a página foi bloqueada em 29 de dezembro, ele diz que recebeu um e-mail do Facebook, quando a página foi removida no dia 5 de janeiro, alertando que ele não tinha forma recorrer da decisão.

“A sua página ‘Warriors for Christ’ foi removida por violar nossos Termos de Uso. Uma página do Facebook é uma presença distinta usada exclusivamente para fins comerciais ou promocionais. Entre outras coisas, páginas que usam do discurso de ódio, ameaças ou obscenidades não são permitidas”, dizia o e-mail. “Nós também bloqueamos páginas que atacam um indivíduo ou grupo específicos, ou que são configuradas por um indivíduo não autorizado. Se sua Página foi removida por qualquer um dos motivos acima, ela não será reativada. O uso indevido contínuo dos recursos do Facebook pode resultar na perda permanente da sua conta”.

O Christian Post entrou em contato com o Facebook para comentar o bloqueio da ‘Warriors for Christ’, mas somente recebeu um link com um texto padrão, que expõe as políticas do Facebook sobre bullying e discurso de ódio.

“Nós não toleramos o bullying ou o assédio. Nós permitimos que você fale livremente em questões e pessoas de interesse público, mas remova o conteúdo que parece atingir intencionalmente indivíduos particulares com a intenção de degradá-los ou envergonhá-los”, diz a política de bullying.

A política do Facebook sobre discurso de ódio afirma que o conteúdo é removido se “atacar” as pessoas com base em sua raça, etnia, origem nacional, afiliação religiosa, orientação sexual, sexo, gênero e identidade de gênero.

A política de discurso de ódio ainda chama páginas que “identificam e envergonham indivíduos particulares” e muitas vezes se dirigem a outras pessoas com solicitações de amizade ou mensagens indesejadas.

Penkoski disse ao Christian Post que a página ‘Warriors for Christ’ não ofende indivíduos ou grupos em particular.

“Estas não são violações dos padrões da comunidade”, disse Penkoski sobre as postagens removidas pelo Facebook. “O Facebook pode não gostar, mas não é uma violação de nada. Não é prejudicial. Não é obsceno. Não está atacando ninguém. Não é ameaçador. Nós somos cristãos. Nós não fazemos isso”.

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