Lançada nesta quarta-feira, a bola da Copa do Mundo de 2022 tem na velocidade de voo seu grande trunfo para ser um sucesso. A Adidas, fabricante do equipamento, afirma que a Al Rihla será “a bola mais rápida das Copas” e promete que o aperfeiçoamento do material permitirá uma maior precisão nos chutes dos jogadores que brilharão no Catar no fim deste ano.
A fabricante é responsável por criar novos modelos para a Copa do Mundo da Fifa desde 1970, com a Al Rihla sendo a mais nova integrante de uma sequência de 14 bolas. E, de acordo com os responsáveis pelo projeto, ela começou a ser trabalhada logo após o Mundial de 2018, na Rússia, com o objetivo de chegar justamente a um resultado impactante.
Segundo Franziska Loeffelmann, diretora de design da divisão de materiais e estampas de futebol da Adidas, “o novo desenho permite que a bola mantenha uma velocidade significativamente maior durante sua trajetória no ar”.
– Nossa meta foi tornar o impossível, possível, utilizando inovação radical para criar a bola mais rápida e precisa da Copa do Mundo até hoje, à altura do maior palco esportivo mundial – disse.
A fabricante garante que a Al Rihla “viaja mais rápido em voo do que qualquer outra em uma Copa do Mundo“, depois de realizar inúmeros testes em laboratórios com túneis de ventos e também nos gramados. Participaram dos testes 350 jogadores, entre homens e mulheres, como atletas do Manchester United e do Bayern, além das seleções de México e Alemanha. E Franziska garante a aprovação.
– Nós testamos a bola com os jogadores, e eles acharam incrível! Não queriam nem dar a bola de volta para nós – brincou.
A empresa de material esportivo também afirma que a bola da Copa de 2022 será marcada por sua “grande precisão e confiabilidade no campo”. Esta característica estaria presente por conta das texturas usadas na superfície do equipamento, que tem 20 gomos em novos formatos, além de um “núcleo inovador” chamado “Control-Core”. Por isso, a fabricante aposta que os jogadores que têm afinidade para chutes podem ter grande sucesso – o que não significa que os goleiros terão vida dura, como visto em 2010, na África do Sul, com a famosa Jabulani.
– Também testamos a bola com goleiros, fabricamos luvas, botamos as coisas juntas. Os goleiros também apreciam que a bola seja mais previsível – garantiu Oliver Hundacker, diretor de desenvolvimento de produtos da Adidas.
Em questão de design, a bola traz cores intensas, justamente visando “refletir a velocidade do jogo em constante ascensão”. O nome Al Rihla é traduzido para o português como “A Jornada”, com inspiração nos tradicionais barcos usados no Catar há séculos, assim como sua bandeira. O projeto também tem como destaque a busca pela sustentabilidade, pois a bola é a primeira nas Copas do Mundo a ter apenas tintas e colas à base de água.
A Al Rihla viajará acompanhada de embaixadores da empresa para 10 diferentes cidades do mundo, como Nova York, Tóquio, Xangai e Dubai. E terá 1% de suas vendas líquidas doadas para o movimento Common Goal. No Brasil, ela será vendida em duas versões: a réplica custará R$ 499, e a oficial terá como preço R$ 999.