A Bharat Biotech disse nesta sexta-feira (23) que rescindiu um memorando de entendimento para vender sua vacina contra a Covid-19 (Covaxin) para a Precisa Medicamentos. A fabricante não revelou o motivo.
No comunicado, a Bharat disse que continuará trabalhando com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter todas as aprovações necessárias para o uso da Covaxin no país. A empresa disse que não recebeu nenhum pagamento antecipado, nem forneceu vacinas ao Ministério da Saúde.
A fabricante indiana também diz que tomou conhecimento de documentos e que eles são falsos. A Bharat enviou os documentos citados na nota ao G1. Um deles diz que a Precisa é a representante legal e exclusiva da Bharat Biotech no Brasil. O outro é uma declaração de “inexistência de fatos impeditivos para sua habilitação relativo à contratação junto ao Ministério da Saúde”.
O contrato para a compra da Covaxin no Brasil foi firmado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, empresa responsável pela ponte entre o governo federal e a Bharat Biotech. A empresa é a única intermediária que não possui vínculo com a indústria de vacinas.
Um levantamento feito também pelo TCU mostra que o contrato da Covaxin foi o que teve um desfecho mais rápido. Ao todo, o Ministério da Saúde levou 97 dias para fechar o acordo, enquanto o contrato com a Pfizer, por exemplo, levou 330 dias.
Em depoimento à CPI, a diretora-executiva da Precisa, Emanuela Medrades, negou ter havido ilegalidade ou irregularidade nas negociações da Covaxin com o governo brasileiro.
Fonte: G1