Vivendo como um extremista muçulmano, Zakkir* passou anos de sua vida perseguindo aqueles que não seguiam as práticas do islamismo. Seu pai servia no Mutaween, a polícia religiosa dos países árabes, e ele liderava uma gangue de jovens militantes.
Certo dia, ele notou alguns cristãos distribuindo materiais evangelísticos e ensinando sobre Jesus a alguns muçulmanos. “Nós atacamos seu escritório e matamos três deles”, lembra Zakkir.
De volta ao seu posto, Zakkir se posicionou em frente à sua mesquita para convocar todos que passavam na rua do local a fazerem parte da oração da sexta-feira, uma tradição do islamismo. Ele e seus amigos forçaram a entrada de um homem que estava a caminho do hospital com seu filho doente, mas Zakkir foi atingido por ele com três tiros no peito.
Entre a vida e a morte, Zakkir permaneceu em coma por vários dias. Enquanto isso, o pastor Paul, do ministério Bibles for Mideast, recebeu instruções de Deus através de uma visão para visitá-lo no hospital.
“O Senhor não só me pediu para visitá-lo, mas para trazê-lo de volta comigo. Nós confiamos plenamente no Senhor e fomos sem qualquer dúvida. Os meus amigos até sugeriram que eu levasse roupas para ele, pois ele poderia estar usando um vestido do hospital”, contou o pastor.
Paul foi ao hospital junto com outro missionário, o pastor Rahim* e orou por Zakkir, que continuava em estado de coma. “Neste momento, eu tive um sonho em que Jesus Cristo veio para mim e disse: ‘Eu sou seu Senhor e Salvador. Tenho sido ferido por vocês, mas pelas minhas feridas você será curado. Eu te escolhi para trazer muitos ao meu rebanho’”, lembra Zakkir.
Ainda em seu sonho, ele viu Jesus tocando suas feridas com as próprias mãos, marcadas pelos cravos. “De repente, a bala que estava alojada no meu corpo pulou do meu peito e senti um novo fluxo de sangue passar pelas minhas veias”, lembra Zakkir, que logo abriu os olhos e viu os pastores.
“Eu pensei que eles eram anjos do Senhor”, ele conta. Depois de uma conversa com os evangelistas, Zakkir se entregou a Jesus e vestiu as roupas trazidas pelos missionários. “Ninguém sabia sobre a minha fuga com os pastores”, disse.
Hoje Zakkir lidera uma igreja subterrânea no Oriente Médio e vive em meio aos cristãos, que antes ele perseguia. “Eu não sou digno de ser um pastor da Igreja do Senhor, pois eu a perseguia. Mas eu estou pastoreando uma igreja subterrânea. Estamos cuidando dos cristãos perseguidos que eram ex-muçulmanos”, ele conta.
* Nomes alterados por razões de segurança.
(Guiame)