Buscando tornar as aulas cada vez mais interativas e atrativas para os alunos, a Escola Municipal Sérgio Pessoa, no bairro Presidente Vargas, zona Centro-Sul, decidiu utilizar nas aulas das turmas da Educação Infantil, até o 4º ano do Ensino Fundamental, aplicativos de celular que auxiliam nas aulas de biologia, artes, ensinando de forma lúdica e inovadora.
As novas ferramentas vêm sendo utilizadas desde o início do ano. Os aplicativos, compatíveis com aparelhos celulares e tablets com sistema operacional Android e iOS, trabalham com imagens em 3D e simulam ambientes virtuais, o que possibilita o desenvolvimento de habilidades como coordenação motora e raciocínio lógico e auxiliam que os alunos compreendam melhor como funciona questões como o corpo humano.
Uma das plataformas utilizadas é o Curiscope. Junto com uma camiseta especial, os alunos conseguem ter a visão em 3D, com realidade aumentada, do corpo humano, visualizando órgãos, sistema digestivo, respiratório, entre outros pontos. “Ele tem a função de mostrar para o aluno como é o corpo humano em funcionamento. Por exemplo, eles podem visualizar o coração batendo. E isso é interessante porque aguça a curiosidade e faz com que busquem mais conhecimento”, explicou a professora de ciências, Evyla de Souza.
O outro aplicativo adotado em sala de aula é o Play Doh, que consegue dar vida a personagens criados com massa de modelar. Depois de criar os moldes dos bichinhos, as crianças podem escanear as figuras através do aplicativo, liberar recursos e fases especiais. Com a ferramenta, a criança pode criar um mundo de aventuras interativas e virtuais, em uma interface bastante colorida, que ajuda a estimular a imaginação e a criatividade, trabalhando de forma pedagógica, animais vertebrados, invertebrados, coordenação motora e raciocínio lógico.
Rihanna Larissa de Oliveira, estudante do 5º ano do ensino fundamental, acredita que o aplicativo tornou o estudo do corpo humano mais interessante. “Eu estou adorando estudar o corpo humano agora, porque estou conseguindo aprender e gostar mais com o aplicativo”, disse.
Iniciativa
A ideia do uso das novas tecnologias surgiu, segundo a gestora da unidade, Regeane Chaves, após diversos estudos, envolvendo os alunos, sobre formas que poderiam transformar as aulas em momentos prazerosos e atrativos. A partir desta análise, os recursos tecnológicos foram adquiridos pela escola e inseridos no dia a dia dos estudantes.
Regeane destacou, ainda, que a proposta pedagógica de 2018 de ensino está adequada com a realidade do aluno do século 21, que se preocupa em dialogar e busca constantemente meios inovadores de aprendizagem. “Agora nossas aulas estão superinteressantes, ninguém fica olhando para lado, os alunos fixam os conteúdo com mais facilidade e o mais importante deste ensino inovador é que próprios alunos ficam procurando novas formas e meios para tornar a aprendizagem mais atrativa”, declarou.
Outras tecnologias
Além dos aplicativos, a escola também irá trabalhar em 2018, com o ensino da robótica, por meio do Programa de Linguagem de Programação e Robótica (Procurumim). Os 180 alunos atendidos pela unidade terão acesso ao estudo da robótica e linguagem de programação, além de informática educacional, com o ensino de programas básicos como Word, Excel.
A escola também tem utilizado os recursos do Google Maps, com serviços de pesquisa, visualização de mapas e imagens de satélite nas aulas de geografia, aprendendo, entre outras coisas, sobre o território em que vivem.
Futuramente a escola também pretende usar o aplicativo Solar Walk Lite, que trabalha o sistema solar em tempo real com todos os alunos, possibilitando o contato com efeitos visuais de atmosferas planetárias, erupções solares, auroras e cinturões de asteroides.