30.3 C
Manaus
terça-feira, julho 1, 2025
InícioBrasilEscaneamento da íris: inovação ou ameaça à proteção de dados?

Escaneamento da íris: inovação ou ameaça à proteção de dados?

Date:

Related stories

‘Brechó da Música em Manaus’, neste sábado, 14/6, alia criatividade e cultura do compartilhamento

Feira com entrada gratuita acontece a partir das 10h, na Morada do Sol

Lula pede que ONU assuma nova missão de paz no Haiti

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta...

Lula pede que ONU assuma nova missão de paz no Haiti

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta...

Governo publica conjunto de medidas alternativas ao IOF; veja mudanças

O governo federal publicou, na noite desta quarta-feira (11), um...

Governo publica conjunto de medidas alternativas ao IOF; veja mudanças

O governo federal publicou, na noite desta quarta-feira (11), um...
spot_imgspot_img

Nos últimos meses, uma prática tem chamado a atenção em diversas regiões do Brasil: a coleta de imagens da íris ocular em troca de criptomoedas. A empresa por trás dessa iniciativa é a Tools for Humanity, responsável pelo projeto World ID, que utiliza padrões da íris para criar um código de validação único, visando diferenciar humanos de inteligências artificiais.

O processo envolve o escaneamento da íris por meio de um dispositivo chamado Orb. Após a coleta, os participantes recebem aproximadamente 48 unidades da criptomoeda worldcoin, que podem ser convertidas em outras moedas digitais ou em reais. No entanto, especialistas em segurança digital alertam para os riscos associados a essa prática.

Karen Borges, gerente adjunta da Assessoria Jurídica do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), destaca que dados biométricos, como a íris, são identificadores únicos e permanentes. Diferentemente de senhas, que podem ser alteradas, informações biométricas permanecem inalteradas ao longo da vida, tornando crucial a proteção desses dados para evitar abusos e crimes.

Rafael Zanatta, codiretor da Data Privacy Brasil, ressalta que a cessão de dados biométricos sem um consentimento informado pode aprofundar desigualdades e expor indivíduos a riscos significativos, especialmente em contextos de controle populacional ou repressão por governos autoritários.

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou que, em novembro de 2024, instaurou um processo de fiscalização para investigar o tratamento de dados biométricos realizado pelo projeto World ID, visando assegurar a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Diante dos potenciais riscos, especialistas recomendam cautela ao fornecer dados biométricos. A perda de controle sobre informações sensíveis pode resultar em roubo de identidade, fraudes financeiras e outros usos indevidos. É fundamental que os indivíduos estejam plenamente informados sobre as implicações de compartilhar seus dados biométricos e que as empresas responsáveis assegurem a proteção e privacidade dessas informações.

 

Comentário

Subscribe

- Never miss a story with notifications

- Gain full access to our premium content

- Browse free from up to 5 devices at once

Latest stories

spot_img

Deixe uma resposta

error: Content is protected !!