Numa multidão de falantes, a nossa própria voz fica emudecida. Você percebe que age dessa maneira não porque realmente entende que aquilo precisa ser feito, mas porque está sendo automaticamente levado a fazê-lo. Uma liderança com um microfone na mão, acompanhada por um público ao redor, desfruta de um empoderamento, às vezes, intimidador.
Poucos na plateia são dotados de um encorajamento natural para fazer somente o que de fato acham que deve ser feito, tirando esses poucos, a maioria seguirá o caminho estabelecido pelo líder.
É no silêncio que você entenderá sua própria voz audivelmente. É ali, no cantinho do seu quarto, a sós, que você tem condições de avaliar o que realmente importa, o que genuinamente quer desenvolver, no que acredita e para onde quer ir independente da vontade alheia, mas segundo sua própria necessidade de trilhar o SEU CAMINHO.
Não se permita estar num ambiente sem avaliar se o que está sendo falado tem compatibilidade com a sua crença atual, com a sua verdade do dia, com o momento em que está vivendo agora. Porque pode ser que aquilo em que você acreditava já não acredita mais e, se isso te faz bem, se te faz um ser humano melhor, então excelente! Eliminar e adquirir crenças faz parte da vida e é um exercício maravilhoso para quem deseja caminhar com eficácia.
No final das contas, a sua opinião é o que importa. No entanto, não menospreze os conselhos, as advertências, os elogios, as críticas, mas preocupe-se mais em cumprir o seu chamado, em percorrer a sua jornada. Você quem deve saber o que faz, porque faz, pra quem faz, como faz. Afinal, a colheita de tudo que fez e faz é sua.