O Flamengo respira fundo e mantém a serenidade em meio ao caos.
Os resultados ruins e o desgaste interno de Rogério Ceni pesam menos na balança do que o planejamento que técnico e financeiro para curto prazo. A situação de momento é de paciência e voto de confiança ao treinador com a volta dos convocados para a Copa América, além de direcionar o orçamento apertado para investimentos em jogadores no mercado.
A venda de Gerson está longe de ser a solução para todos os problemas financeiros e as contas seguem apertadas em tempos de pandemia. Com negociações em andamento por Kenedy, Thiago Mendes e Renato Augusto, o Flamengo não vê como viável estrategicamente uma troca imediata de comando.
A avaliação é de que a comissão técnica de Rogério Ceni tem um custo baixo em comparação com qualquer outra de primeiro escalão que o clube possa buscar no mercado. O histórico com Dome, quando o clube pagou mais de R$ 10 mi de multa, segue fresco na memória da diretoria.
Por mais que o valor da rescisão de Rogério caia consideravelmente nesta janela de meio do ano, há consenso de que não é momento para uma atitude intempestiva. Os argumentos para isso passam pela avaliação de que a fase ruim se deve muito também aos jogadores – perfomance de quem está e peso das ausências.
A diretoria faz um mea-culpa de que a não reposição de peças que era sabido que seriam desfalques acabou pesando. Paralelamente a isso, existe a confiança de que o time entrará nos eixos com Gabigol, Éverton Ribeiro e Arrascaeta e a promessa de reforços para seguir favorito em todas as frentes: Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil.
O Flamengo aguarda as respostas de Lyon e Chelsea para as chegadas por empréstimo de Thiago Mendes e Kenedy. As negociações são vistas como difíceis, mas viáveis e conduzidas com paciência até a abertura da janela para quem vem do exterior, dia 1º de agosto. Há ainda conversas por Renato Augusto, mas a chance de acerto passa pela definição da situação com o Beijing Gouan, com quem o volante tenta o distrato.
A proximidade das oitavas de final da Libertadores é outro fator que faz com que os dirigentes prezem pela serenidade. A uma semana do confronto com o Defensa y Justicia, a avaliação é de que uma troca representa mais riscos do que solução.
Fonte: g1