Eike Batista é alvo de operação da Policia Federal no Rio de Janeiro, mas não é encontrado

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Foto: Reprodução/ Internet

Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal realizaram, na manhã desta quinta-feira, a operação Eficiência, sobre esquema de desvio e lavagem de dinheiro de contratos do governo do Estado do Rio na gestão do ex-governador Sérgio Cabral. Foram expedidos nove mandados de prisão preventiva e quatro de conduções coercitivas. Entre os principais alvos com mandados de prisão expedidos está o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, além do ex-governador, que já está preso na penitenciária de Gericinó, em Bangu.

Eike Batista não foi encontrado em sua casa no Jardim Botânico. Segundo o advogado Fernando Martins, o empresário está viajando e irá se apresentar em breve à polícia. Ele partiu para o exterior na última terça-feira, e a mulher e o filho deles viajaram ontem. De acordo com o advogado Sérgio Bermudes, que atua para o empresário na área cível, Eike tinha reuniões fora do país, e também cuidaria do lançamento de um produto.

O empresário já prestou depoimento à PF em pelo menos duas oportunidades no âmbito das investigações da Lava-Jato. Ele foi ouvido pelos policiais no Rio e em Curitiba. Eike, porém, não estava negociando um acordo de delação premiada. No Rio, ele negou ter pago qualquer tipo de propina a Cabral.

As investigações apontam que Eike e Flávio Godinho, do grupo EBX, pagaram propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. Esse valor foi solicitado por Cabral a Eike Batista em 2010 e, para dar aparência de legalidade à operação, foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Eike, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro.

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