O Ministério da Educação (MEC) iria divulgar documentos que subtrai as expressões “identidade de gênero” e “orientação sexual” da base nacional curricular, os deputados da Frente Parlamentar Evangélica no Palácio do Planalto no qual Silas Câmara é integrante, foram recebidos pelo presidente Michel Temer, com um objetivo de convencer Temer de quão “absurda” era “a pedagogia que busca impor uma teoria com base sociológica que desconsidera a realidade biológica das crianças e adolescentes”.
O ofício foi assinado pelos presidente da frente evangélica e da família, Hidezaku Takayama (PSC-PR) e Alan Rick (PRB-AC), mais o vice-presidente da bancada católica, deputado Flavinho (PSB-SP). Eles também enviaram documentos se manifestando contra o aborto, a legalização das drogas e a uma resolução que combate a discriminação contra a comunidade LGBTQ, impedindo que escolar permitam que a pessoa use o banheiro que quiser.
O MEC alterou sem alarde o texto da nova versão do documento que define o que os alunos devem aprender da creche ao ensino médio, uma bússola para redes e escolas produzirem seus currículos. A pasta retirou a referência inicial à necessidade de respeito a “identidade de gênero” e “orientação sexual”, que apareciam em versão prévia do projeto apresentada a jornalistas na terça (4).
“Defendo os princípios que a sociedade me cobra. Os pais não querem ver seus filhos doutrinados. Falam pra mim: ‘Deputado, meu filho vai à escola para aprender matemática, português, não para ser ensinado que ele pode ter vários gêneros’. Falam que existe mais de cem gêneros. Isso é uma loucura!”, disse Alan Rick, ligado à igreja Batista acriana.