Durante revista neste domingo no COMPAJ, celulares, armas brancas e munição são encontrados

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Uma revista no regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, resultou na apreensão de diversos materiais ilícitos, entre eles oito facas, seis ‘estoques’ – armas brancas caseiras -, 20 munições e 26 aparelhos celulares. A unidade, palco do massacre que resultou na morte de 56 presos em 1º de janeiro, passou por vistoria.

O procedimento ocorreu nos quatro pavilhões da unidade prisional, situada no km 8 da BR-174. Entre os materiais proibidos que foram apreendidos estão ainda 15 baterias de telefone, oito marteletes artesanais, um serrote, três alicates, três tesouras, um estilete, uma chave de fenda, dois chips telefônicos, um cartão de memória, quatro pen drives e duas pulseiras de saída de visitantes.

A ação contou com um efetivo de 190 servidores da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Umanizzare e policiais militares do Comando de Policiamento Especializado (CPE).

“Precisamos promover ações como essa para reestabelecer a ordem e disciplina dentro das unidades prisionais. Os objetos que retiramos não são permitidos e nas mãos dos internos se tornam ferramentas para desestabilizar o sistema”, disse o novo secretário da Seap, tenente-coronel Cleitman Coelho. As revistas no sistema prisional este ano tiveram início no dia 5 de janeiro, na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). O regime fechado do Compaj passou pelo procedimento dia 6 e, em seguida, o Instituto Penal Antônio Trindade foi revistado no dia 7.

No dia 10 de janeiro, o Exército Brasileiro apoiou a Seap e a PM na revista do regime semiaberto do Compaj. No dia 12 de janeiro foi a vez do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM). As unidades do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) e Penitenciária Feminina de Manaus (PFM) passaram pela revista no dia 18 de janeiro.

Rebeliões e fugas
Desde o dia 1º de janeiro, o sistema prisional do estado registrou fuga de 225, rebeliões e um massacre que resultou de 64 mortes de detentos. Presos chegaram a postar foto com armas antes de uma das rebeliões, o que aponta para a existência de sinal de celular dentro das unidades.

A rebelião que aconteceu no Compaj durou mais de 17 horas e foi considerado pelo secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, como “o maior massacre do sistema prisional” do Amazonas. Ao todo, 56 foram mortos dentro do presídio entre 1 e 2 de janeiro.

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