Durante depoimento pastor Everaldo chora e pede “misericórdia”

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Em depoimento para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que julga o processo de impeachment do governador afastado, Wilson Witzel (PSC), pastor Everaldo Dias  pediu “clemência e misericórdia”. A sessão aconteceu nessa quinta-feira (17/12), através de videoconferência.

“Não estou em condições de prestar depoimento neste processo. Isso se deve ao fato de eu ser réu perante o STJ pelos mesmos fatos que são apurados no processo de impeachment, e meu foco é me defender naquela Corte. Estou preso há precisamente 112 dias, a meu ver indevidamente. Mais uma vez peço misericórdia, perdão, clemência, eu não tenho como falar.

Ele também alegou motivos pessoais para recorrer ao silêncio. “Eu estou com o filho com covid no hospital, internado, pode morrer a qualquer hora. Meu pai completou 88 anos e não pude abraçá-lo”, afirmou.

A primeira testemunha a depor foi o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão —conhecido informalmente como “braço direito de Witzel”, devido à proximidade entre os dois. Tristão está preso desde o dia 28 de agosto, quando foi alvo da operação Tris in Idem (a mesma que afastou Witzel do cargo) e, por isso, o depoimento dele também é feito por meio de videoconferência.

Logo no começo do depoimento, ao ser questionado pelo presidente do TJ se ele se considerava amigo ou inimigo de Witzel, Tristão não hesitou. “Hoje eu me considero inimigo.” No entanto, ele não respondeu o porquê da mudança no relacionamento com o governador afastado.

Tristão também negou a participação em fraudes contratuais durante a pandemia do coronavírus.

*Com informações da UOL.

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