Calcula-se que 70 milhões de pessoas no mundo tenham autismo, sendo que 2 milhões só no Brasil. Algumas pessoas não sabem, mas o Autismo não é uma doença, por isso não tem cura. É uma condição que severamente compromete a interação social, comunicação verbal e não-verbal, comportamento restrito e repetitivo.
A causa do autismo ainda é estudada pelos cientistas. O que se sabe, é que há uma mistura entre influências genéticas e ambientais. Infecções pós-parto, tumores, causas endocrinológicas e metabólicas já foram associadas à causa do autismo, mas são especulações. Além de ser altamente hereditário. Ainda não há um medicamento específico, mas as terapias são fundamentais.
As crianças de 0 a 2 anos devem ser acompanhadas por um fonoaudiólogo para que ele a ajude a desenvolver a linguagem não-verbal. A estimulação pode ser feita com brincadeiras e jogos, histórias contadas e conversas. A linguagem verbal vem depois. As terapias ocupacional e comportamental também são importantes no tratamento, para que o cérebro passe a perceber os estímulos sensoriais.
O autismo se apresenta em crianças com idade entre 18 meses (1 ano e 6 meses) e 3 anos. Uma a cada 45 crianças possui o distúrbio e sua incidência é de quatro vezes mais em homens que em mulheres.
O Dia
O Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas em 18 de dezembro de 2007 para conscientizar acerca dessa questão e acabar como preconceito. De acordo com a ONU, mais de 70 milhões de pessoas, isso significava que 1% da população mundial estava dentro do Espectro do Autismo, mas esse número vem crescendo a cada ano.
Vivência
A professora universitária, Rosineide Alves, 39, é a mãe do menino Lucas, hoje com 10 anos de idade e portador do autismo. Ela contou ao Amazonas Cristão que já existem medidas de integração social mais eficazes se comparadas a algumas décadas atrás. “Era pior! Acredito que a informação, a divulgação da mídia é mais engajada, positiva”, declarou.
Leis e direitos
Pessoas com autismo têm os mesmos direitos garantidos a todas as pessoas na Constituição Federal de 1988 e em outras leis do País, como os direitos previstos em leis específicas para pessoas com deficiências: Leis Nº 7853/89, 8.742/93, 8.899/94, 10.048/2000, 10.098/2000, 12.764/2012 e 13.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão, entre outras. Assim como de normas internacionais assinadas pelo Brasil, como por exemplo a Convenção das Nações Unidas das Pessoas com Deficiência.
Uma lei específica para as pessoas com autismo foi sancionada em dezembro de 2012, a Lei 12.764/2012, que institui a Política Nacional dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Essa Lei reconhece que as pessoas com TEA são pessoas com deficiência para todos os aspectos legais. Além da Lei específica, as pessoas com autismo têm resguardado também todos os mesmos direitos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/1990), enquanto estão nesta faixa etária e os direitos do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), quando forem maiores de 60 anos.
