A psicóloga cristã Roseli Kuhnrich causou polêmica ao escrever sobre as taxas de suicídio nas igrejas e alertar que pensamentos suicidas podem atingir pessoas de qualquer classe social, cultura ou religião.
De acordo com a psicóloga, muitos cristãos não procuram ajuda profissional por acreditarem que Deus vai curá-los: “O preconceito religioso de buscar ajuda basei-se num triunfalismo perigoso. ‘Deus vai me curar’, garante alguns. Sim, Deus pode, mas ele tem capacitado pessoas para cuidarem de pessoas”, esclarece.
Kunrich explica, ainda, que mesmo com o tratamento psicológico, a fé é indispensável quando no processo de cura, pois o tratamento psíquico deve ser incentivado dentro das igrejas: “Um cristão sofre com diabetes, câncer ou qualquer enfermidade busca ajuda além de orar. Os adoecimentos psíquicos e mentais devem ser tratados. A oração é um dos elementos nesse processo. Cremos num Deus encarnado em jesus que suspirou diante das miséris humanas. Não ironizou nem ridicularizou ou condenou os enfermos. Oferecer ajuda e compreensão para os que sofrem de problemas psicológicos também é missão da igreja”, afirmou.
No Brasil, o município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, tem uma das maiores taxas de suicídio do Brasil, registrando entre 5 a 7 suicídios em cada 100 mil habitantes. O plano nacional de prevenção ao suicídio é um projeto que deve ser executado a partir de 2020 e buscará reduzir 10% da taxa de suicídio, segundo a Organização Mundial da Saúde.