Laurie Singer tem uma história de superação e amor à Deus. Ela cresceu na Carolina do Norte (EUA) e afirma que encontrou sua alegria na escola quando descobriu a ginástica. “Foi muito divertido aprender novas habilidades. Eu sentia muita alegria quando estava no ar. Me sentia confiante”, disse em entrevista para o site CBN News.
Mas aos 15 anos tudo mudou. Ela estava em uma festa, quando um menino que conhecia pediu para que ela o acompanhasse até o andar de cima para conversar. O rapaz a prendeu em um quarto, colocou um travesseiro sobre sua cabeça e a estuprou. Ninguém ouvia seus gritos e pedidos de socorro desesperados.
“Lembro-me de ficar deitada na cama pensando, por quê? Por que isso havia acontecido comigo? Por quê? Por que eu? Estas são coisas que não acontecem com pessoas como eu. Mas eu odiava entrar num quarto sem saber o que ia acontecer comigo. Eu odiava o fato de estar em uma posição que eu estava indefesa”, comentou Laurie.
“Eu apenas lembro de estar tão triste, tão triste e tão deprimida sobre isso que eu não sabia o que fazer. Não queria conversar com as pessoas. Eu não queria conversar com ninguém sobre isso”, contou. Laurie se sentiu envergonhada para contar o que havia acontecido a alguém e por isso se reprimiu.
Cada dia mais a vergonha pelo que acontecera fora crescendo e por isso ela passou a se odiar e a se isolar da família e dos amigos, caindo em depressão. “Eu acordava pela manhã, mas eu me sentia como se estivesse morta. Não queria sair da cama e me sentia mais feliz dormindo. Eu não tinha mais nenhuma esperança”. A única saída para ela era fazer cortes em si mesma.
“Eu me olhava no espelho e começava a cortar minha bochecha até sangrar. Na verdade, eu não conseguia entender por que estava fazendo isso. Eu me odiava tanto que, se não fosse morrer, eu sofreria”. Poucos meses depois, Laurie confiou em seu melhor amigo. Mas essa confiança foi quebrada totalmente. “Meu amigo acabou contando para outras pessoas. Eu não podia acreditar que meu melhor amigo, que eu confiava, diria a alguém”, disse ela.
Por impulso, Laurie derrubou um punhado de pílulas que encontrou em casa e resolveu tomá-las. Ela lembra: “Depois de tomar essas pílulas eu pensei que não queria morrer. Então, desci as escadas e falei com minha mãe”.
Laurie diz: “Ao contrário de sempre deprimida, comecei a me tornar mais equilibrada. Mas apenas a medicação não me dava alegria na minha vida. Eu estava vivendo a vida, mas não me sentia bem por dentro. Eu não me sentia bem, como costumava me sentir. Eu ainda me sentia no piloto automático”, após sua mãe chamar o controle de venenos, e afirmarem que ela estava bem.
Mas nem tudo estava perdido.
Certo dia Laurie foi convidada para um grupo de oração Cristã, por uma amiga da faculdade, no mesmo momento notou que havia algo diferente sobre ela. “Eu nunca tinha visto uma alegria como essa em alguém. Quero dizer, eu estava pensando que essa garota tinha algo especial. E seja o que for, eu queria”.
Aceitando o convite, Laurie foi ao encontro do grupo e descobriu o segredo de sua nova amiga: fé em Deus. “Quando comecei a aprender sobre quem é Jesus, comecei a receber alegria no meu coração novamente. Não importava o que estava escuro ou o que havia acontecido na minha vida. Ele me amava de qualquer maneira. Eu disse ‘sim, Senhor, venha em minha vida. Estou pronta. Estou no lugar mais escuro que já estive, e eu aceito você totalmente. Pode vir!’ Depois que eu aceitei Jesus, senti que a depressão havia desaparecido”.
“A presença de Deus me dá a confiança para saber que Ele vai estar lá e Ele vai me proteger”. Laurie diz que foi Deus quem a conduziu a uma carreira de sonho como uma mulher acrobática, e também ao seu marido, Will Harper, que é ator. Ela aprendeu que quando ela procura Deus através das provas da vida, ela encontrará alegria. “Agora eu tenho esperança para o futuro. Eu sei que Ele tem um plano e propósito para minha vida. Tudo mudou”, finalizou ela com um sorriso no rosto.