BRASIL| O presidente Jair Bolsonaro participou nesta quinta-feira (13) da abertura das celebrações pelos 108 anos da Assembleia de Deus no Brasil, solenidade realizada na igreja mãe, em Belém do Pará. Bolsonaro atendeu ao convite feito pelo presidente da Assembleia de Deus de Belém, pastor Samuel Câmara, que também preside a CADB (Convenção da Assembleia de Deus no Brasil).
A denominação evangélica surgiu no Brasil a partir do trabalho de dois missionários suecos, que desembarcaram em Belém do Pará em 19 de novembro de 1910, iniciando um trabalho de pregação do Evangelho. No Brasil, os missionários passaram a pregar sobre o batismo com o Espírito Santo, dando origem ao movimento pentecostal no país.
Durante a cerimônia de abertura, o presidente da República falou sobre como ele se sente impotente para ocupar o cargo, mas lembrou aos fiéis que “Deus capacita os escolhidos” e isso lhe dá confiança para buscar fazer o melhor para a sociedade brasileira. Bolsonaro também agradeceu pelas orações da Igreja por sua vida.
Ele também comentou sobre a tentativa de denegrirem a imagem do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que foi alvo de um ataque hacker e teve conversas pessoais expostas pela imprensa. Ao falar no assunto, Bolsonaro disse que “gestos valem mais do que palavras” e lembrou a condecoração que concedeu ao ministro em um cerimonial da Marinha do Brasil.
No momento em que falava sobre o ministro, o presidente foi interrompido pelo auditório que passou a gritar o por “Moro”, em demonstração de apoio ao ex-juiz responsável pela prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Eu estou em paz, porque pessoas maravilhosas estão ao meu lado e me apoiam 24 horas por dia, com palavras e com gestos”, continuou o presidente da República.
Cercado por políticos evangélicos, Bolsonaro agradeceu ao deputado federal Silas Câmara (PRB-AM), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, pelo apoio. Ao encerrar seu discurso na abertura do evento, Bolsonaro pediu oração e afirmou que “juntos colocaremos o Brasil no lugar de destaque que ele merece”. Em seguida passou a palavra ao pastor Samuel Câmara.
O pastor Samuel Câmara pediu para o deputado Silas Câmara, que é seu irmão, orar pelo presidente da República e pelas autoridades presentes. Ao final da oração, Jair Bolsonaro deixou o púlpito sob aplausos dos fiéis.