O desemprego no Brasil ficou em 14,7% no trimestre encerrado em abril e se manteve em patamar recorde, segundo divulgou nesta quarta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número de desempregados totalizou 14,8, milhões de pessoas.
“Essa taxa e o contingente de desocupados mantêm o recorde registrado no trimestre encerrado em março, o maior da série desde 2012”, destacou o IBGE.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em março, a taxa de desemprego atingiu pela primeira vez a marca recorde de 14,7% e o total de 14,8 milhões de desocupados.
O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado. O intervalo das estimativas captadas pelo Valor Data ia de 14,5% a 15,1%, com mediana de 14,7%.
A população ocupada (85,9 milhões de pessoas) também mostrou estabilidade em relação ao trimestre móvel anterior, mas ficou 3,7% (menos 3,3 milhões de pessoas) abaixo do número que o país registrava no mesmo trimestre de 2020.
O mercado financeiro estima para 2021 um crescimento de 5,05% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e inflação de 5,97%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.
Apesar da melhora nas projeções para o avanço da economia brasileira, economistas têm destacado que uma recuperação mais consistente do mercado de trabalho só deverá ser mais visível a partir o segundo semestre, e condicionada ao avanço da vacinação e à retomada do setor de serviços – o que mais emprega no país e o mais afetados pelas medidas de restrição para conter o coronavírus.
Fonte: G1