Após um colégio do Rio de Janeiro decidir inovar e adotar o “terceiro gênero” dentro da instituição, o assunto “neutralização de gênero” da Língua Portuguesa ganhou destaque no país.
Por causa disso, o deputado federal Junio Amaral (PSL-MG) apresentou um projeto de lei para proibir o uso do “gênero neutro” por parte de instituições de ensino e bancas examinadoras do Brasil.
Como justificativa para a proposta, Junio Amaral afirmou que a medida foi uma “resposta a tentativas isoladas de impor ao conjunto do todo nacional uma visão linguística que reconheceria no português um terceiro gênero, o neutro, ao lado dos gêneros masculino e feminino.
A justificativa seria a inclusão de pessoas que não se identificam com nenhum dos dois gêneros ou, no caso do plural, para se referir a ambos de modo neutro”.
O deputado ressaltou que “essa é uma visão distorcida da realidade e que, no fundo, tem como objetivo principal provocar caos amplo e generalizado nos conceitos linguísticos para que, em se destruindo a língua, se destrua a memória e a capacidade crítica das pessoas”.
O parlamentar apontou ainda que a “língua e suas regras gramaticais amadureceram ao longo de séculos e continuam a evoluir, mas de modo lento e extensivamente refletido” e deixou claro que esse tipo de mudança poderia “corromper o liame comunicacional mais elementar de um povo: sua língua, o que faria jogar por terra todos os seus valores, identidade e história comum”.
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