Na última sexta-feira (13/11), a Justiça do Rio de Janeiro ouviu testemunhas de acusação no processo que apura a morte do pastor Anderson do Carmo, assassinado em junho do ano passado. A deputada federal Flordelis, viúva da vítima e acusada de ser a mandante do crime, chegou atrasada para a audiência no Fórum de Niterói e levou uma “bronca” da juíza. Além disso, ao entrar no tribunal, a parlamentar chorou e negou ter sido a mandante da morte do marido.
“Eu não mandei matar meu marido. Jamais faria isso”, disse.
A princípio, seriam ouvidas testemunhas de acusação e defesa, no entanto, como havia muitas pessoas convocadas, a juíza decidiu dividir o procedimento, com isso somente a testemunhas de acusação foram, ouvidas.
De acordo com informações do G1, em depoimento o delegado Allan Duarte, ex-titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, disse que a deputada “é a mais perigosa” de todos os réus do caso.
“Na verdade, esse assassinato não teria ocorrido sem ela. De todos os sentados ali respondendo por esse crime, ela é a mais perigosa. Esperamos que a Câmara [dos Deputados] casse o mandato dela pra que ela responda por isso”, afirmou Duarte.
Ele também afirmou que “não há dúvidas de que ela [Flordelis] foi a mandante do crime” e que o motivo foi financeiro.
“A motivação foi financeira. Com relação a forma como pastor geria a casa. Pela forma diferenciada que tratava os filhos (…) Ela [Flordelis] foi responsável por arquitetar o plano e convencer as pessoas pra que o crime fosse cometido”, disse o delegado.
Já a delegada Barbara Lomba, que foi responsável pela primeira fase das investigações, relatou detalhes assustadores da família de Flordelis. Segundo ela, havia relacionamento sexual entre todos da casa.
“Havia relações entre todos ali. Flordelis não se relacionava só com o Anderson e o Anderson não se relacionava só com ela (Flordelis)”, disse a delegada.
Com vestido longo, Flordelis discordou de todos os depoimentos por várias vezes, fazendo sinal de negativo com a cabeça.
A pastora e parlamentar chorou ao ver os demais acusados, sete filhos e uma neta, além de um policial militar acompanhado da mulher.