O Governo do Estado, por meio da Defesa Civil do Amazonas, prepara para a próxima semana, a distribuição de ajuda humanitária aos municípios de Guajará e Ipixuna, localizados na calha do Juruá, que decretaram Situação de Emergência por conta da enchente. Outras cinco cidades da mesma região estão sendo monitoradas e permanecem em Alerta, emitido no último dia 10 de janeiro.
“Com a análise contínua do Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do Estado (Cemoa), foi possível antecipar as ações de resposta ao desastre e já na próxima semana iremos começar a distribuição de 12 toneladas de ajuda humanitária”, afirmou o secretário executivo do órgão, coronel Fernando Pires Júnior.
A ajuda humanitária, oriunda dos governos federal e estadual, foi enviada com antecedência aos municípios, após avaliação do Cemoa de que o nível do rio apresentava elevação acima da média.
O material humanitário enviado a mais de 15 dias contêm alimentos não perecíveis, kits de medicamentos para a saúde básica, e para prevenir doenças de veiculação hídrica, hipoclorito de sódio para a purificação da água, kits dormitório e de higiene pessoal.
Nos dois municípios 2.106 famílias já foram afetadas. As cidades de Juruá, Carauari, Itamarati, Eirunepé e Envira permanecem em Situação de Alerta, com possibilidade de evolução para Situação de Emergência.
Monitoramento – No ciclo natural de enchente do Estado, a região do Juruá é sempre a primeira afetada, devido às características físicas do rio que possui leito estreito, o que facilita a elevação do nível da água nas localidades. Mas este ano, de acordo com o Cemoa, as cotas estão acima da média para o período. A Estação de Cruzeiro do Sul, no Acre, que monitora o município de Guajará (cidade referência da calha do Juruá) registrou na data de hoje (03), 14,24m, ultrapassando em 6 centímetros, o nível máximo registrado em 1995, que foi de 14,18m.
Apoio técnico – Para a efetivação dos decretos de Situação de Emergência, equipes da Defesa Civil do Estado, estão em constante orientação técnica as Prefeituras Municipais da calha em questão. Para que o decreto seja validado, é necessário o correto preenchimento de dados, como a descrição de áreas afetadas, danos humanos e prejuízos socioeconômicos.
Última enchente – O último registro de enchente na calha do Juruá foi em fevereiro de 2015, quando pelo menos nove mil famílias foram afetadas pelo desastre, em cinco cidades.
Nesse mesmo ano, dos 62 municípios do Amazonas, 46 decretaram Situação de Emergência e dois (Boca do Acre e Anamã), Estado de Calamidade Pública. Foram mais de 460 mil pessoas afetadas e atendidas pelo Governo do Estado, por meio da Defesa Civil do Amazonas.