Damares Alves acompanha denúncia de abuso em creche

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BRASIL A prisão de uma professora de 45 anos no município de Rio Verde despertou a ministra Damares Alves para uma situação grave no Brasil: o estupro de bebês. O caso relatado no Mato Grosso do Sul ocorreu em uma creche da região e, até agora, já foram confirmados mais de dez abusos contra crianças de 0 a 4 anos.

Damares falou que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) está acompanhando o caso junto ao procurador de Justiça do estado. A ministra pediu que a Secretaria de Segurança do Mato Grosso do Sul crie uma força tarefa porque ela desconfia de que há uma organização criminosa por trás dessas atrocidades.

– Esse caso está muito parecido com outros no Brasil que podem ter uma conexão com pessoas fora do estado. Talvez não seja uma iniciativa de um único agressor ou agressora, pode ter um crime organizado em torno disso. Já são 17 vítimas, sendo três com laudos já confirmados de rompimento de hímen, e é um número muito grande de crianças para um único agressor. O abuso de bebês no Brasil precisa ser erradicado. Esse é um caso emblemático que envolve bebês em uma creche de 0 a 4 anos. Então, é exatamente o que estamos falando: os bebês estão sendo abusados no Brasil e o ministério vai acompanhar passo-a-passo a investigação desse caso – declarou Damares.

CASO RHUAN E OUTROS SEMELHANTES
Assim como a denúncia de abuso às crianças na creche de Rio Verde, outro caso que chocou o Brasil é o do menino Rhuan Maycon, de 9 anos, que aconteceu no final de maio, em Samambaia (DF). A criança foi morta e esquartejada pela mãe Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, com a ajuda da companheira Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, de 28. Na época, o deputado federal Eduardo Bolsonaro associou o crime à chamada ideologia de gênero visto que, um ano antes do assassinato, a mãe amputou o pênis de Rhuan.

Dois meses antes, outro casal de lésbicas foi detido em Canhotinho (PE) por abusar de uma menina de 4 anos. Zenilda da Silva, de 42 anos, e Edna Lopes da Silva, de 35, foram detidas e aguardam julgamento. A menor apresentou marcas de queimadura feitas com isqueiro no pescoço, no ombro e no órgão genital.

E nesta semana veio a público um verdadeiro festival de orgias promovido por um professor de uma paróquia em Guará 2 (DF). José Antônio Silva, de 47 anos, é procurado por estuprar, pelos menos, 20 crianças entre 4 e 10 anos de idade.

Disposta a lutar para que casos assim deixem de existir no Brasil, e sem temer as várias ameaças de morte que recebe, Damares Alves já enviou um recado aos pedófilos. No dia 13 de janeiro deste ano, em seu primeiro post no Twitter, ela avisou que a nação está diante de uma nova era com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Sergio Moro.

– Pedófilos, consumidores de pornografia infantil, traficantes e exploradores de crianças: acabou pra vocês! Bolsonaro é presidente e Moro é Ministro da Justiça!! Nenhuma criança mais vai chorar nessa nação. Não mediremos esforços para amá-las e protegê-las! – escreveu a ministra na época.

COMO AJUDAR A ACABAR COM A VIOLÊNCIA E ESTUPRO DE CRIANÇAS
Segundo o artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em caso de suspeita ou confirmação de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes, de qualquer tipo, incluindo a violência sexual (abuso ou exploração sexual), o caso deve ser sempre denunciado.

No Brasil, o principal canal de denúncias de crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes é o Disque Denúncia Nacional, ou Disque 100, coordenado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Ligue 100 (ligação gratuita).

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