Pelo menos seis cristãos foram hospitalizados após um violento ataque promovido por um grupo de muçulmanos extremistas em Bangla11, próximo à fronteira com Mianmar. Três homens cristãos também foram sequestrados e estejam sofrendo tortura em cativeiro. Segundo informações da Portas Abertas (EUA), isso tem ocorrido frequentemente com muçulmanos que se convertem ao cristianismo.
Há relatos ainda não confirmados de que um ou mais desses homens já foram mortos por causa de sua fé.
Em uma manhã de segunda-feira, 27 de janeiro, uma multidão de centenas de pessoas atacou os fiéis e saqueou suas casas. Dezoito casas e uma igreja doméstica foram destruídas.
A multidão provavelmente está conectada ao ‘Exército de Salvação Arakan Rohingya’ (ARSA), um grupo insurgente muçulmano que, até o momento, ainda não prometeu lealdade a nenhum grupo islâmico estrangeiro, como a Al-Qaeda ou o Estado Islâmico, porém tem atacado muitos cristãos.
Os missionários locais informaram à Portas Abertas (EUA) que, embora a polícia da área tenha sido pressionada a investigar e trabalhar pela libertação dos cristãos sequestrados, na verdade, se recusou a tomar qualquer medida séria até agora. Eles dizem que os Rohingya precisam primeiro registrar um boletim de ocorrência. No entanto, como os rohingyas são refugiados no Bangladesh, eles não têm cidadania, tornando quase impossível a apresentação de um relatório oficial sobre o crime.
Quem são os Rohingya?
Os Rohingya são uma das muitas minorias étnicas de Mianmar, que faz fronteira com Bangladesh. Eles são majoritariamente muçulmanos e têm sua própria língua e cultura. Mas, embora não seja possível divulgar detalhes específicos, os parceiros da Portas Abertas (EUA) informam que um número crescente de refugiados rohingya está se voltando para Jesus.
Em agosto de 2017, centenas de milhares de Rohingya fugiram do país vizinho Mianmar atravessando as fronteiras com Bangladesh, para tentar escapar de uma ofensiva militar que as Nações Unidas descreveram posteriormente como um “exemplo de livro de limpeza étnica”.
Traumatizados, eles atravessaram a fronteira, por mar e a pé.
Os rohingyas que chegaram a Bangladesh disseram que fugiram depois que as tropas, apoiadas por multidões budistas locais, queimaram suas aldeias e atacaram e mataram civis.
Hoje, existem centenas de milhares de refugiados rohingya em Bangladesh. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Kutupalong é o maior assentamento de refugiados do mundo, lar de mais de 600.000 refugiados.
No início deste mês (janeiro de 2020), a alta corte da ONU ordenou que o país de maioria budista, Mianmar “tomasse medidas de emergência” para proteger a comunidade Rohingya do genocídio. Alegadamente, o exército de Mianmar disse que estava combatendo militantes rohingya e nega ter atingido civis. O líder do país, Aung San Suu Kyi, negou repetidamente a intenção genocida.