A equipe de missionários do ministério Portas Abertas que atua na região de Marawi, maior cidade na ilha de Mindanao, nas Filipinas, foi visitada por um dos voluntários da instituição.
Segundo o homem, que não pode ser identificado por questões de segurança e estava com outro voluntário no local, a situação é tensa pelos conflitos existentes entre o governo e um grupo formado por jihadistas que juraram lealdade ao Estado Islâmico (EI) chamado Maute.
“Marawi ainda está fechada e os militares não permitem que civis entrem na cidade. Quem realmente precisa entrar, deve recorrer aos procedimentos rigorosos impostos pelas forças armadas e pela Polícia Nacional das Filipinas”, disse.
Ele explicou o apoio dado. “A ajuda emergencial foi enviada através de um líder cristão, mas sabemos que vai durar de 3 a 5 dias. Além dos alimentos e outros itens, também enviamos ajuda financeira”, afirmou o voluntário.
“Certamente, os alimentos são compartilhados com os parentes muçulmanos. Isso é muito bom, porque impede que esses cristãos sejam perseguidos e também abre oportunidade de o evangelho ser pregado a muito mais pessoas”, disse, em referência a alimentação recebida pela equipe.
A transmissão da fé cristã na região é um ato perigoso. De acordo com o Portas Abertas, em relato do voluntário, várias Bíblias foram encontradas entre os pacotes de ajuda. Isso causou confusão entre islâmicos e advogados de paz.
“As Bíblias estavam entre os produtos de higiene (shampoo, sabonete e creme dental) e em suas capas estava escrito ‘Su Sindaw’ ou ‘A Luz’. Todo este material foi distribuído a 300 famílias por uma ONG cristã”, afirmou o voluntário.
Por conta da confusão, muçulmanos chegaram a queimar Bíblias, segundo o relato do voluntário. A fé cristã não é aceita em países de atuação do EI. Nestas regiões, cristãos são perseguidos e hostilizados.