Criança é estimulada a tocar em homem nu em “performance”

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Museu de Arte Moderna de São Paulo afirma que “a criança estava acompanhada da mãe” (Foto: Reprodução/ Internet)

O Museu de Arte Moderna de São Paulo foi alvo de polêmicas nesta semana por internautas. O alvo é uma performance ocorrida na abertura do 35º Panorama da Arte Brasileira, ocorrida nesta terça-feira (26).

As acusações são de apologia à pedofilia, pelo fato de fotos e vídeos da apresentação serem divulgados na web e pela presença de uma criança no local, que tocou na perna e na mão do performer. A performance foi feita pelo coreógrafo Wagner Schwartz.

A apresentação em questão é baseada em La Bête, uma performance cujo corpo do artista é passível de interação com o público. O “bicho”, abordado na ação, é uma interpretação da obra da artista Lygia Clark (1920-1988).

Pela polêmica em torno da presença da criança, o Museu de Arte Moderna de São Paulo publicou uma nota. Com o texto, a instituição afirmou que avisos eram existentes no local e a criança entrou no local juntamente com a mãe.

“A sala estava devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo a nudez artística, seguindo o procedimento regularmente adotado pela instituição de informar os visitantes quanto a temas sensíveis”, justificou o museu.

“O trabalho apresentado na ocasião não tem conteúdo erótico e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, historicamente reconhecida pelas suas proposições artísticas interativas”, afirmou.

A instituição declara lamentar as interpretações em torno da apresentação. “A instituição acredita no diálogo e no debate plural como modo de convivência no ambiente democrático, desde que pautados pela racionalidade e a correta compreensão dos fatos”, acrescentaram.

A performance ocorrida em São Paulo também fora divulgada no Instituto Goethe, em Salvador, capital do estado da Bahia, entre os dias 19 e 20 de agosto. Segundo a Gazeta do Povo, a instituição afirmou que “cada obra ou atividade da programação só acontece se houver conversa, toque, corpo-a-corpo”. Com informações Folha de S.Paulo

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