As Ilhas Seychelles, um arquipélago na África Oriental, vacinaram mais pessoas per capita contra a covid-19 do que qualquer outro país, mas vêm registrando um aumento repentino no número de casos do novo coronavírus.
Ali, seis em cada dez pessoas já receberam o imunizante.
Mas um aumento nas infecções levou a novas restrições à sua população de cerca de 100 mil habitantes.
E qual é a razão por trás disso?
Seychelles é um país pequeno, então o número geral de infecções diárias não tem sido alto – mas como proporção da população, o aumento tem causado sérias preocupações.
Durante o mês de abril, o número médio de novas infecções permaneceu estável, em torno de 50 por dia.
Em meados de maio, a média móvel de sete dias subiu para 400 novos casos por dia.
Desde então, o número caiu, mas continua bem acima do nível médio de abril.
Em 10 de maio, o Ministério da Saúde das Seychelles disse que cerca de um terço dos casos ocorreu entre aqueles que estão totalmente vacinados.
Outros países, onde uma proporção significativa da população está totalmente vacinada, registraram níveis muito mais baixos de novas infecções.
Mais de 70% da população nas Seychelles recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a covid e 63% foi totalmente vacinada desde o início do programa de imunização, em janeiro.
A primeira vacina a ser usada foi a chinesa Sinopharm, em doses doadas pelos Emirados Árabes Unidos.
A de Oxford (AstraZeneca), produzida na Índia e distribuída sob o nome Covishield, também foi usada.
Mais recente, a vacina russa Sputnik V também passou a ser aplicada.
Das doses administradas (não incluindo Sputnik V), 57% foram Sinopharm e 43% Covishield.
Não há registros de quantas dessas pessoas totalmente vacinadas com resultado positivo para covid receberam Sinopharm e quantas receberam AstraZeneca.
Mas sabemos que cerca de dois terços das pessoas com resultado positivo em grande parte apresentaram sintomas leves ou nenhum sintoma, de acordo com o comissário de saúde do país, Jude Gedeon.
Das que necessitaram de internação hospitalar, 80% eram pessoas que não haviam sido vacinadas e a maioria também apresentava outras condições de saúde.