Covid-19: OMS espera distribuir 2 bilhões de doses de vacina até o fim de 2021

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) planeja distribuir cerca de 2 bilhões de doses de vacina contra o novo coronavírus até o fim de 2021 em todo o mundo, anunciaram líderes do órgão em uma entrevista virtual nesta sexta-feira (26).

Segundo a OMS, 1 bilhão dessas doses serão adquiridas para países de baixa e média renda.

Esse objetivo é parte do programa Acelerador de Acesso a Ferramentas contra a Covid-19, da OMS, que foi lançado em abril visando reunir governos, grupos da área da saúde, cientistas, empresários e filantropos a apoiar os esforços para acabar com a pandemia.

O programa tem quatro pilares focados em testes para diagnosticar a doença, tratamentos, vacinas e sistemas de saúde.

A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, disse que “a única forma de prevenir uma disseminação e transmissão ainda maior” do novo coronavírus é com uma vacina eficaz e segura.

“Obviamente esse vírus afetou todos os países e todas as populações, portanto uma vacina – idealmente e do ponto de vista ético – deve estar disponível no mundo todo”, afirmou Swaminathan, acrescentando que apenas uma pequena parte da população mundial desenvolveu imunidade natural à Covid-19.

“O princípio do acesso igualitário é simples de se dizer, mas complicado de se implementar. Ele requer colaboração ativa de governos, indústrias, organizações de saúde e comunidades da sociedade civil”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta sexta. “Vacinas, diagnósticos e terapêutica são ferramentas vitais. Mas para serem de fato eficazes, elas precisam ser administradas com outro ingrediente essencial, que é a solidariedade.”

De acordo com a OMS, o plano do programa é distribuir testes e vacinas em todo o mundo em um custo aproximado de US$ 31,3 bilhões.

Até o momento, a doença já infectou cerca de 9,6 milhões de pessoas e matou 490 mil em todo o mundo, segundo dados da Universidade de Medicina Johns Hopkins. Só no Brasil, são 1.228.114 infectados e 54.971 mortos, informa o balanço mais recente do Ministério da Saúde.

CNN Brasil*

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