Rivera, de 36 anos, é ex-integrante da “Barrio 18”, uma das gangues mais poderosas da América Central e, agora, faz parte de um grupo de ex-membros que, em um presídio de El Salvador, se reúnem para conhecer a palavra de Deus.
Localizada a cerca de 166 quilômetros da capital, o presídio de Gotera possui 1.500 detentos, sendo que a maioria deseja ‘encontrar a redenção’, de acordo com Oscar Benavides, diretor da penitenciária. Com camisetas estampadas com as frases “Soldado de Cristo” e “Jesus Salvou minha vida”, alguns detendos que foram condenados a 100 anos por crimes acumulados, cuidam do jardim, tecem redes e estudam livros religiosos”.
O crescimento do evangelismo nas prisões tem sido visto como uma boa alternativa pelas autoridades. De acordo com Mauricio Ramirez, Ministro da Segurança, os presos evangélicos “mostram ao país que é possível reabilitar as pessoas”. Rodolfo Cornejo, de 34 anos, conta que a distancia dos filhos o fez abandonar a vida dentro das guangues, mas que tem noção de que a sociedade não confia em ex-presidiários. “As pessoas de fora não confiam muito em nós, acham que não podemos mudar. Mas sim, podemos mostrar a elas”, afirmou.
Rivera relata, de acordo com o portal Guiame, que os chefes das gangues permitem os integrantes a saírem somente se for para aderir a alguma religião, mas mudanças de gangues não são permitidas. “Costumávamos dizer que a gangue era nossa família, mas Deus tirou a venda dos nossos olhos”, concluiu.