Devido à quantidade crescente de casos do coronavírus, essa doença tem se tornado uma grande preocupação em todo o mundo. Porém, no Brasil, ainda não há motivos para entrar em desespero. O indicado, por enquanto, é apenas tomar alguns cuidados básicos de higiene e, para pacientes oncológicos, ficar de olho na imunidade. Veja algumas dicas!
O coronavírus é uma família de vírus que pode causar infecções respiratórias, algumas delas leves, por exemplo, resfriados e outras mais fortes, como os casos que estão sendo noticiados desde o início do ano. O coronavírus que está em alta veio da China e, provavelmente, tem como hospedeiros os morcegos.
Os principais sintomas dessa doença são: febre, tosse, dor muscular, cansaço, falta de ar e início de pneumonia. Os primeiros sintomas costumam aparecer cinco dias após o contato com o vírus. O grande perigo acontece devido aos sintomas serem muito parecidos com os da gripe comum. Dessa forma, a pessoa demora para procurar um hospital e a pneumonia pode se agravar, dificultando a possibilidade de tratamento, podendo levar o paciente a óbito.
Uma pesquisa realizada na cidade de Wuhan, ponto central inicial da doença, mostrou que 55% das pessoas que morreram possuíam algum problema de saúde prévio ou eram idosos.
Então, pessoas com doenças cardiovasculares, no sistema digestivo ou respiratório e com câncer foram consideradas como mais propícias a contrair o coronavírus. O motivo dessa maior probabilidade é que essas doenças fazem com que o sistema imunológico fique debilitado, mais fraco, e encontre dificuldade para combater a infeção.
Os cuidados básicos, como por exemplo lavar frequentemente as mãos, utilizar lenços descartáveis, cobrir a boca ao espirrar e tossir, manter ambientes bem ventilados e evitar multidões e contato com pessoas gripadas, são fundamentais nesse momento.
Além disso, vale a pena investir em hábitos para fortalecer o sistema imunológico e ajudar o corpo a combater qualquer doença. Essas dicas valem para todas as pessoas, porém, principalmente, para pessoas que estão em tratamento oncológico.
Por que é importante que o paciente oncológico cuide do sistema imunológico?
De acordo com o Dr. André Abdo, onco-hematologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, a pessoa com câncer tem mais probabilidade de ter uma infecção mais forte.
“O paciente oncológico, além de maior facilidade em adquirir infecções, também tem mais chance de quando adquirem essas infecções, elas serem muito mais graves”.
Isso acontece porque o tratamento (químio ou radioterapia) tem um grande impacto na imunidade do paciente. Consequentemente, o corpo tem dificuldade em evitar que um vírus entre no organismo e, uma vez dentro do organismo, combater essa ameaça.
Como melhorar o sistema imunológico?
Cuidar da alimentação é essencial!
Consumir todos os tipos de alimentos, especialmente frutas, verduras e legumes, auxiliam no bom funcionamento do corpo.
O inhame é um tubérculo que auxilia na limpeza do sangue e fortalece os gânglios linfáticos. Eles são os postos avançados de defesa do sistema imunológico.
Vegetais de cor verde escura, como brócolis e couve, são uma ótima fonte de ácido fólico. Essa substância auxilia na produção dos glóbulos brancos, agentes de combate de invasores.
Alimentos amarelos e laranjas são ricos em vitamina C, betacaroteno e luteína que agem no sistema nervoso e influenciam diretamente no sistema linfático. Por exemplo, ameixa, pimentão, laranja, cenoura, mamão etc.
O alho, um dos principais temperos da culinária brasileira, protege o coração além de melhorar o sistema imune. Isso porque ele altera a quantidade de citocinas pró e anti-inflamatórias.
Pratique atividades físicas.
Antes de começar qualquer tipo de exercício, deve-se consultar o oncologista responsável para que ele avalie a condição física da pessoa.
Algumas opções de atividade são o yoga, caminhada, pilates, porém o paciente pode escolher qualquer outra opção que o inspire.
Os exercícios podem ajudar no controle do peso, condicionamento físico, incluindo capacidade do coração, regulando o funcionamento do corpo. Além disso, também reduzem o estresse, que está diretamente ligado ao baixo funcionamento do sistema imunológico
Durma bem
Dormir é essencial para que o corpo descanse, se recupere e regule suas funções, incluindo o sistema imunológico. Por isso, ao dormir pouco, o nível de cortisol no sangue aumenta, reduzindo a capacidade defensiva do corpo.
De acordo com especialistas do sono, o ideal é dormir cerca de sete a nove horas seguidas por noite.
Não beber ou fumar
Essas duas substâncias afetam negativamente todas as células do organismo e interferem em componentes responsáveis por estimular as respostas imunológicas.
Beber, pelo menos, 2 litros de água por dia
A água funciona como um filtro para o corpo. Dessa forma, ajuda a eliminar as toxinas presentes no corpo por meio do suor e da urina.
Como está a situação do coronavírus no Brasil?
O especialista em biossegurança, Edison Durigon, disse, em entrevista ao portal Nexo, que não há motivos para pânico no país!
Até o momento, houve apenas casos de suspeita de coronavírus, entretanto, não há nenhum confirmado. Aliás, caso seja diagnosticado algum caso, é de alguma pessoa que viajou para a fora e foi contaminado lá.
“O coronavírus é motivo de alerta. A imprensa tem que noticiar, avisar a população que está tendo uma doença nova. Entretanto não é motivo para pânico, ela ainda não chegou aqui de verdade. A partir do momento que ela começar a ser retransmitida aqui, aí sim a gente entra em alerta”, disse Durigon.
Ele considera também que a possibilidade desse vírus se espalhar pelo Brasil é muito baixa. Isso porque ele é um vírus que tem preferência por baixas temperaturas e lugares com pouca luz. Ou seja, o fato de estarmos no verão, com muita claridade e altas temperaturas dificulta a propagação da doença.
Abrale