A Coreia do Norte vive, este ano, a pior seca da década e está sofrendo com a escassez de alimentos. Desde 2001, o país comandado por Kim Jong-um não enfrentava tamanho problema que envolve, também, enchentes e a redução da ajuda humanitária.
O caso da redução da ajuda humanitária, em específico, se dá pelas sansões ao país por conta de seu programa armamentista. A Coreia do Norte, que é considerado o país mais fechado do mundo, acaba se isolando ainda mais perante a nova situação.
De acordo com informações divulgadas pela Portas Abertas, o país ocupa o primeiro lugar na Lista Mundial da Perseguição e segue no topo há cerca de 15 ininterruptos anos.
O grupo da ONU direcionado a agricultura (FAO), estima que a proporção de redução das colheitas do país, nos primeiros meses de 2017, chegam a 30% da safra colhida em 2016.
Chuvas voltaram a cair em julho. No entanto, na visão de especialistas, em reportagem divulgada pela BBC, em um período muito tardio para que os alimentos plantados sejam colhidos no prazo comum, que é outubro e novembro.
“As condições climáticas excepcionalmente áridas, entre os meses de abril a junho, afetaram a colheita de arroz, milho, batata e soja, deste ano”, destacou a UCA News, em uma publicação.
Pela situação, o Estado norte-coreano diminuiu a quantidade de alimentos necessários para a população até o mês de setembro, que se dá durante a entressafra. E as chuvas que caíram não resolvem a escassez que o país enfrenta. E, embora algumas reformas tenham sido promovidas, a agricultura da Coreia do Norte ainda é controlada pelo governo.
“Embora seja oficialmente acordado que as crianças e os idosos estão em maior risco, de forma extraoficial, milhares que vivem nos campos de trabalho forçado, como prisioneiros, muitos deles cristãos, receberão menos alimento e, provavelmente, correm mais risco de fome nesse momento”, disse um colaborador das Portas Abertas.