Segundo Martins, a confusão envolvendo presos iniciou ainda pela manhã, quando 250 detentos eram retirados das celas para realização da revista. “Eles estavam levando presos para a triagem e perceberam que um preso estava com material escondido dentro da cueca. Possivelmente algum objeto cortante. A PM pediu que o detento entregasse material. Ele se recursou e incitou os detentos a revidarem. Foi ai que começou o conflito”, disse o delegado durante coletiva de imprensa nesta tarde.
De acordo com o secretário de Segurança do Amazonas, Sérgio Fontes, quase 40 ficaram feridos. “Foram 37 atendimentos médicos, segundo o coronel Mauro do Corpo de Bombeiros. Essas pessoas ficaram machucadas por balas de borracha, enfim. Reagiram e se machucaram”, disse Fontes.
Todos os 37 presos envolvidos na confusão precisaram de atendimento médico. Um deles segue internado, segundo a SSP.
Detalhes do estado de saúde e o local onde ele foi internado não foram divulgados.
Sobre o conflito entre policiais militares e detentos durante o início da revista, Fontes apontou que os presos são os mesmos envolvidos no massacre do dia 1° de janeiro em que 56 pessoas foram mortas, no Compaj.
“Eles trucidaram e decapitaram outros detentos [há dois meses]. Eles realmente não estão acostumados com autoridade. São presos que temos que ter muito cuidado, respeitando a natureza da condição humana que cada um tem, mas mantendo a autoridade”, comentou Fontes.