Condenado a 39 anos de prisão, ex-dependente químico se converte e ajuda outros usuários

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Foto: Reprodução / Youtube

Almir Alves dos Santos se envolveu no mundo do crime desde muito novo, aos sete anos cometeu seu primeiro delito. Aos 16 anos, seu maior desejo era sair de casa e adquirir seu sonho de ser rico. No ano de 1998, quando tinha 18 anos, foi preso e era considerado um dos maiores ladrões de lotéricas e bancos de Minas Gerais. Anos depois de sair da prisão, se tornou dependente químico e alcoólatra.  Mas, diferente da maioria das histórias, a sua não terminou em tragédia. Atualmente, ele ajuda pessoas que passam pelo mesmo problema que ele.

“Eu fui criado sem pai, tive uma infância sofrida e a fome falou mais alto. Meu primeiro roubo foi com sete anos. Foi um pirulito, um doce. E aos 18 anos eu fui preso como um dos maiores ladrões, em 98, de casas lotéricas e bancos do estado. Eu acumulei uma fortuna de dois milhões e meio de reais e esse dinheiro foi a destruição da minha vida”, contou.

“Aos 16 anos eu falei com a minha mãe que ia sair de casa para poder realizar o meu sonho de ser rico. Então eu comecei a desenvolver alguns roubos e isso começou a me dar dinheiro. Em março de 98 fui preso. Minha vida de crime foi interrompida e fui condenado a 39 anos e meio de prisão. Desses 39 anos eu fiquei oito anos preso sai em outubro de 2006”, ressaltou.

“Na luta para que eu pudesse mudar a minha história, após a cadeia é que vem as consequências. Quem vai empregar uma pessoa que outrora tinha um revólver em sua mão? A sociedade não acredita. Tudo foi muito mais difícil no meu recomeço. Eu consegui um emprego de limpar banheiro. Comecei aos finais de semana e feriados. Lá eu já catava as latas de refrigerante e cerveja e levava para casa, para ajudar na renda”, explicou.

“Os parceiros me chamavam para voltar para o crime, mas eu dizia que não ia voltar. Então eu comecei a praticar novamente alguns furtos, comecei a ganhar o dinheiro. Quando eu pensei que as coisas estavam melhorando, me tornei um dependente químico. Comecei a trabalhar à noite ganhando um salário melhor e comecei a morar com a minha esposa”, conta.

“Ela engravidou e eu procurei um espaço para a gente morar junto. Um belo dia depois de trabalhar muito, pensei fumar um baseado para dormir melhor. Quando eu fui atrás, os meus amigos não estava fumando maconha, mas o mesclado de crack. Eu me tornei um dependente químico por cinco anos”, disse.

“Virei alcoólatra e entrei em depressão. Chegava a tomar doi litros de cachaça por dia. Eu dava minha vida como acabada. A minha esposa ia atrás de mim onde eu estava. Minha mãe dizia que eu não tinha mais jeito. Eu fui me deteriorando e morrendo, dia após dia, até que algo aconteceu”.

“Um dia em casa, eu disse se esse Jesus existe e transforma a vida das pessoas, então transforma a minha, muda minha história. No outro dia eu levantei e na volta para casa me deparei com o rapaz que bebia cachaça junto com a gente. Ele apertava uma Bíblia no peito com tanta força que ela estava amassada. Ele dizia que Jesus o havia transformado”.

“Eu tinha resistência, não queria Jesus. O pecado é gostoso. A nossa juventude está se perdendo nas drogas porque eles não conhecem o prazer da vida em Deus que é a serenidade e paz”.

Após o entrevistador perguntar sobre como foi sua mudança, Almir respondeu: “Foi um culto na minha casa, após nove meses de insistência. Teve o culto, e eu me converti. Com muita difculdadfe eu me ajoelhei e aqui estou eu, 8 anos se passaram. O milagre foi instantâneo, não me pergunte o quê que tinha naquela oração. Jesus mudou a minha história, dentro da minha casa, mudou a história da minha família. Graças a Deus, hoje eu tenho um trabalho de recuperação pra dependentes químicos e alcoólatras.”

Veja a entrevista completa:

 

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