Doze comunidades localizadas nas proximidades de Manaus estão recebendo equipes de limpeza da Prefeitura de Manaus, nas últimas semanas. Capinação, jardinagem e recolhimento de entulhos são alguns dos serviços levados pelo mutirão a esses locais. Para essa programação, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) conta com o trabalho de 12 garis comunitários entre as equipes.
Os pequenos distritos inseridos na área rural de Manaus, separados da capital pelos rios e floresta amazônicos, também estão na programação da limpeza pública. “Periodicamente as equipes voltam a percorrer esses locais com capina e recolhimento de entulhos. Essa periodicidade é ideal para as comunidades, pois coincide com o crescimento da vegetação. É prioridade para o prefeito Arthur Virgílio Neto estarmos com presença forte na área rural da cidade”, explicou o secretário da Semulsp, Paulo Farias.
A programação, que começou no último dia 28/2, já percorreu sete comunidades. Pouco povoadas em sua maioria, essas localidades contam com o serviço fixo de um gari comunitário, que trabalha diariamente coletando os resíduos de cada residência e dispondo em local ideal, para aguardar a passagem da balsa coletora.
Dona Isa Maria Lopes, comerciante e moradora da comunidade Julião, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé (18 km distante de Manaus), comemorou a chegada das equipes e exalta a importância do trabalho para o povoado. “Aqui a principal demanda é a capinação. Nossas ruas são gramadas e dependemos disso. A gari comunitária também ajuda bastante a manter assim, tudo limpo. Essa programação está dando certo”, elogiou a moradora da rua 1.
Elisabete da Encarnação é gari comunitária da RDS Julião e responsável pela limpeza diária do local. “Sou moradora da comunidade há 36 anos. Conheço a rotina e a vizinhança. Meu trabalho é organizar o lixo para a balsa levar. Também converso muito com os moradores para que eles não espalhem o lixo”, contou a funcionária que também integra a equipe de mutirão que percorre todas as comunidades.
Já Silas Gama, gari comunitário do distrito Ebenezer, vizinho da RSD Julião, é novato no serviço, mas disse que tem se dado bem com os moradores de sua área. “A parte mais trabalhosa é a conversa com os moradores. Precisamos dessa articulação para que o serviço seja eficiente. Por enquanto, estamos progredindo”, comemorou o servidor, que vive há 10 anos no local e convive com aproximadamente 65 famílias espalhadas nessa região.
A presidente da comunidade Julião, Raimunda Nonata, enfatizou que a meta é melhorar o serviço e, para isso, pensa em ter mais um gari comunitário. “A população é de 130 famílias e estamos crescendo. Futuramente, poderemos precisar de mais trabalhadores”, projetou.
Para o secretário da Semulsp, Paulo Farias, a figura do gari comunitário é importante, pois insere os moradores da Zona Rural no serviço público. “Além disso, temos o trabalho de alguém que conhece os problemas da comunidade; é reconhecido pelos moradores e pode ser um bom interlocutor para solucionar os problemas”, avaliou.
Alzilene Martins da Silva, que mora há sete anos na rua Beira-Rio, na comunidade Ebenezer, contou que já vê um avanço entre os moradores quanto à limpeza. “Em anos de trabalho, já percebemos a diferença. Não vemos mais lixo boiando na água e as queimadas também pararam”, revelou.
A limpeza
A coleta de resíduos em cada comunidade é feita pela balsa da Prefeitura, que passa uma ou duas vezes na semana, dependendo da demanda. Já o mutirão de limpeza acontece de três em três meses. Os garis comunitários representam a Prefeitura de Manaus em cada comunidade e mantêm os serviços em dia.
As comunidades Jatuarana (Puraquequara); Bela Vista do Jaraqui, situada no Lago do Jaraqui (55 km de Manaus); Colônia Central (região do Tupé); Agrovila (à margem direita do Tarumã-Mirim); Tupe (a 25km de Manaus); São Sebastião (Tarumã-Mirim); Julião e Ebenezer (RSD Tupé) já estão limpas.
Diego S, [15.03.18 05:01]
A programação da Semulsp segue para as comunidades Livramento (Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé); Nova Esperança (APA Tarumã-Ponta Negra, às margens do Igarapé do Tiu); Agrícola da Paz (Ramal do Pau Rosa, na BR 174) e Nossa Senhora de Fátima (Tarumã Mirim).
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Texto: Lilian D’Araújo / Semulsp