Com dores abdominais, Bolsonaro faz exames em hospital e cancela reuniões da manhã

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O presidente Jair Bolsonaro sentiu dores abdominais na madrugada desta quarta-feira (14) e foi para o Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília, para fazer exames. Com isso, as reuniões de Bolsonaro nesta manhã foram canceladas.

O presidente vinha se queixando nos últimos dias de soluços persistentes. Ele chegou a falar sobre o problema em transmissões ao vivo na internet.

Uma nota oficial do Palácio do Planalto informou que Bolsonaro foi ao hospital investigar a causa dos soluços. A nota diz ainda que ele deverá ficar sob observação por um período de 24h a 48h, não necessariamente no hospital. O texto afirma que Bolsonaro passa bem e está animado.

O médico Flavio Quilici, professor de gastrenterologia da PUC Campinas, explica que, além de rara, a situação é muito incômoda e tem relação com o diafragma, um dos músculos principais na respiração.

“Você lembra do músculo que tem entre o tórax e o abdômen, que é o diafragma. Quando esse diafragma descontrai, isso faz com que você jogue o ar para cima e a glote, que é a passagem que abre para o estômago ou para o pulmão, ela fecha, e faz aquele barulho bem característico”, explica Quilici.

“E raríssimas vezes isso persiste por mais de 48 horas, que se caracteriza como uma síndrome do soluço persistente, podemos dizer assim. Dez dias é bastante”. Segundo o médico, é possível que a cirurgia de Bolsonaro pode sim estar relacionada com os soluços.

“Para ele ficar tanto tempo, pode ser uma complicação esofágica, que é a doença do refluxo. E ele teve um fato também que é a cirurgia abdominal e, às vezes, as bucais, podem levar a esse estímulo”, analisa Flavio Quilici.

A agenda da manhã de Bolsonaro previa, às 11h, um encontro com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Essa reunião foi definida no início da semana, com o objetivo de apaziguar o ambiente entre os poderes da República. Falas de Bolsonaro contra a urna eletrônica causaram desgaste e geraram reações no Judiciário e no Legislativo.
Bolsonaro também participaria, às 8h, de uma reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19. Às 10h, no Palácio do Planalto, ele participaria do lançamento de um programa chamado Ações para o Novo Ensino Médio.
Fonte: G1

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