Coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas para banco de DNA do Amazonas é iniciado

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Nesta segunda-feira (14/06), a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), iniciou a coleta de material genético dos familiares de pessoas desaparecidas no estado. A criação deste banco de DNA faz parte da campanha nacional, proposta pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que foi lançada no mês de maio em alusão ao Dia Internacional da Criança Desaparecida.
O material genético está sendo coletado pelo Instituto de Criminalística (IC), através do laboratório de genética forense. O agendamento para a realização da coleta deve ser feito através do número (92) 98416-1122. O atendimento no laboratório funciona das 8h às 17h.
O Instituto está recebendo familiares, especialmente genitores de pessoas desaparecidas, para a coleta do material genético. A prioridade é que o material genético de parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida seja coletado.
A campanha nacional tem como símbolo a flor miosótis, que significa “Não-Te-Esqueças-de-Mim” e representa a criança desaparecida como um símbolo mundial. A ação acontece de 14 a 18 de junho, mas a coleta do material genético será permanente no laboratório.
Os familiares já cadastrados no Ministério Público do Amazonas (MPAM), pelo Núcleo de Localização de Pessoas Desaparecidas, podem obter o encaminhamento do MPAM e ir até o laboratório ou, também, aqueles que possuem registro de desaparecimento da Polícia Civil.
O diretor do DPTC, Lin Hung Cha, ressalta que após a campanha, a identificação de desaparecidos será feita pelo Banco de Perfil Genético, por meio da determinação de vínculo biológico entre as pessoas, o desaparecido e o familiar. Lin também explica que o laboratório está trabalhando com o envelhecimento da imagem do desaparecido.
“É importante lembrar que para fazer a coleta, o familiar precisa fazer o Boletim de Ocorrência. Esta semana, nós teremos um escrivão para fazer o B.O de quem ainda não fez, para facilitar o andamento da coleta. Nesse período, nós também estaremos fazendo o trabalho de envelhecimento da imagem. O familiar pode trazer a foto do desaparecido que realizaremos o trabalho”, enfatizou o diretor.
A coleta – Familiares de pessoas desaparecidas precisam ter interesse de doar amostra e, após a coleta de perfil genético, o cidadão assina um termo de consentimento. O DNA coletado não será utilizado para nenhum outro fim.
De acordo com a gerente do Laboratório de Genética Forense, perita Daniela Koshikene, para realizar a coleta, o laboratório precisa do máximo de parentes próximos da pessoa desaparecida. “Se tivermos o pai, a mãe, três irmãos e cinco filhos, precisamos de todos. Isso é para garantir uma qualidade mais segura dos resultados obtidos. Esse perfil não é comparado somente com o Amazonas, mas com todo o resto do país”, explicou a perita.
Registro – O Boletim de Ocorrência de desaparecidos pode ser feito em qualquer delegacia. Em Manaus, casos envolvendo crianças e adolescentes são investigados pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) e, preferencialmente, devem ser registrados na DEPCA.
Já os casos envolvendo adultos são investigados pela Delegacia Especializada em Ordem Política e Social (Deops). Não há a necessidade de esperar 24 horas para registrar o desaparecimento de uma pessoa. Quanto antes essa informação chegar ao conhecimento das autoridades, mais rápido as investigações podem ser iniciadas.
Dados de Desaparecidos 2020 (Manaus)
Dados: SSP-AM
Total: 555 notificações
Masculino: 367 (66%)
Feminino: 188
Localizadas: 285
Desaparecidos 2021 (Manaus)
Dados: SSP-AM
Até abril total: 149
Masculino: 90
Feminino: 59
FOTO: Divulgação/SSP-AM
Crédito de imagens: Pelegrine Neto/SSP-AM

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