O ano de 2017 ficou marcado por uma série de desastres naturais que causaram bilhões de dólares em prejuízo. Além de uma série de furacões que devastaram a América Central e o sul dos Estados Unidos, o México e o Irã enfrentaram grandes abalos sísmicos. No sul da Ásia, inundações mataram mais de mil pessoas em Bangladesh, Índia e Nepal.
Shuai Wang, pesquisador da Faculdade de Ciências Naturais do Imperial College London, afirma que a quantidade e a intensidade das tempestades de grandes proporções registradas este ano estão acima da média anual. Eles atribuem isso às mudanças climáticas, que seriam causadas pelo homem. E a tendência é que elas só aumentem nos próximos anos.
Contudo, grandes terremotos não possuem relação com a ação humana. De acordo com o British Geological Survey, o centro britânico de geociências, a média anual do planeta é de 15 terremotos com magnitude maior que 7, considerados de grande proporção.
Mas especialistas preveem que no ano que vem isso irá se intensificar. Roger Bilham, da Universidade do Colorado, e Rebecca Bendick, da Universidade de Montana (EUA), acreditam no aumento da quantidade de terremotos de grande envergadura como consequência de uma desaceleração da rotação da Terra.
Os estudiosos apresentaram um estudo durante a reunião anual da Sociedade Geológica dos EUA no mês passado. Eles fizeram uma análise dos terremotos de magnitude 7,0 e superiores desde 1900 e afirmaram ao The Guardian que as coisas tendem a piorar.
“No próximo ano, devemos ver um aumento significativo no número de terremotos fortes… Até agora [em 2017] tivemos cerca de seis terremotos fortes, mas poderemos facilmente chegar aos 20 terremotos por ano a partir de 2018.”