Cientistas poloneses anunciaram, nesta quinta-feira (29), que descobriram uma múmia egípcia grávida, a primeira neste estado no mundo, quando tiravam raios-X de seus restos mortais de 2.000 anos no Museu Nacional de Varsóvia.
“Meu marido Stanislaw, egiptólogo, e eu, ao examinarmos as imagens radiográficas, notamos no útero da falecida uma imagem familiar a pais de três filhos: um pezinho!”, declarou à imprensa Marzena Ozarek-Szilke, antropóloga e arqueóloga da Universidade de Varsóvia.
“Não sabemos por que o feto não foi retirado do útero da falecida durante sua mumificação”, disse Wojciech Ejsmond, da Academia Polonesa de Ciências, que também participa no projeto.
“Esta múmia é realmente única. Não encontramos casos semelhantes. Isso significa que ‘nossa’ múmia é a única encontrada no mundo com um feto”, ressaltou.
Ozarek-Szilke levantou a hipótese de que pode ter havido uma intenção de “esconder a gravidez (…) ou, talvez, tivesse algum significado ligado a crenças sobre o renascimento na vida após a morte”.
De acordo com o estudo dos hieróglifos inscritos no sarcófago, inicialmente considerou-se que a múmia era de um sacerdote que viveu entre o século I a.C. e o século I d.C.
Os cientistas, no entanto, agora acreditam que pode ser ainda mais antiga e estão tentando descobrir a possível causa de sua morte.