O regime totalitário chinês exigiu das igrejas aprovadas pelo Partido Comunista da China (PCCh) que foram forçadas a fechar durante o auge da pandemia, que façam elogios ao ditador Xi Jinping se quiserem reabrir suas portas, além de exaltar o regime comunista.
Segundo a Bitter Winter, site especializado em questões de liberdade religiosa na China, o Departamento de Assuntos Religiosos de Zhengzhou divulgou uma lista com 42 itens de pré-requisitos para igrejas que querem reabrir suas portas para a congregação.
Entre as exigências apresentadas na lista, estão ordens para “intensificar a educação patriótica” e “estudar as políticas religiosas da China”, além de serem compelidas a promover uma campanha chamada de “quatro requisitos”, que apresenta a influência chinesa sob a religião.
Os quatro requisitos foram apresentados com a seguinte descrição: “erguendo ritualmente a bandeira nacional, frequentemente enquanto cantava o hino nacional; ensinar crenças sobre e promover a constituição, leis e regulamentos chineses; pregando e promovendo os ‘valores socialistas centrais’; e promovendo a ‘excelente cultura tradicional da China’”.
“Em vez de um sermão normal, o pregador falou sobre o patriotismo dos trabalhadores médicos durante a epidemia e seu sacrifício ao estado”, disse um membro de uma igreja ao Bitter Winter. “Essas coisas são importantes, mas as questões políticas foram discutidas pela metade do tempo. Muitos crentes reclamaram depois.”
As igrejas que não cumprem com as exigências impostas pelo regime, que incluem dezenas de requisitos, não tem permissão de funcionar. Já as que tem permissão, agora devem se empenhar em promover os ideias comunistas para o povo.